Psicogênese Da Lingua Escrita
Casos: Psicogênese Da Lingua Escrita. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marina2792 • 29/3/2014 • 1.245 Palavras (5 Páginas) • 480 Visualizações
INTRODUÇÃO
Emília Ferreiro, psicóloga e pesquisadora argentina, construiu um grupo de pesquisa sobre
alfabetização. Concentrou o foco dos seus estudos na origem da Psicogênese da Linhua Escrita,
nos mecanismos cognitivos relacionados a leitura e a escrita, em como se realiza a construção da
linguagem escrita na criança e como de fato se aprende e não como se deve ensinar.
Para ela a criança não é um ser passivo e sim um ser que busca ativamente compreender
o seu ambiente. Nesse processo ela explora, manipula, tendo participação ativa no seu
aprendizado, constrói o próprio conhecimento, daí expressão Construtivismo.
O Construtivismo que se fundamenta na escrita, acredita que o aluno tem condições
de se alfabetizar sem os mecanismos que o induzem a decorar, fazendo com que ele tenha
compreensão da natureza da escrita e sua organização.
O aprendizado se dá a cada salto cognitivo que a criança dá. Observar o aluno e investigar
quais são os seus conhecimentos prévios, à para parti-la daí, apresentar diversos elementos
para que o aluno construa seu conhecimento. Há menos interferência do professor, que
respeita as fases do aluno. O processo de aprendizagem deve ser gradual. A criança constrói
seu conhecimento a partir de suas descobertas, quando em contato com o mundo e com os
objetos. Por isso, não adianta ensinar a um aluno algo que ele não tem condições intelectuais de
absorver. Existem as fases que toda criança passa até ser alfabetizada (pré-silábica, silábica,
silabico-alfabetica e alfabetica). É preciso saber qual fase a criança se encontra no processo
de alfabetização para estimulá-la de acordo com seu desenvolvimento cognitivo. Isso evita
equívocos no processo de alfabetização, colocando na criança um diagnóstico de dificuldade de
aprendizagem por ela não corresponder às expectativas do professor.
Segundo Emília Ferreiro, não são as diferenças de classe social que revelam capacidades
desiguais na alfabetização e aprendizado, mas sim um ambiente alfabetizador, onde ela tem
maior acesso a textos lidos e escritos desde os primeiros anos de vida.
“Um dos maiores danos que se pode causar a uma criança é levá-la a perder a confiança
na sua própria capacidade de pensar”
DEFINIÇÂO
A Psicogênese consiste no estudo da origem e desenvolvimento dos processos mentais.
A Psicogênese da Língua Escrita estuda como se realiza a construção da linguagem escrita na
criança, como ela aprende, como se dá a alfabetização.
SITUAÇÃO EDUCACIONAL NA AMÉRICA LATINA
A alfabetização em relação às crianças trata-se de prevenir e realizar o necessário para
que essas crianças não se convertam em futuros analfabetos.
Trata-se de um problema social do sistema educativo. A desigualdade social e econômica
se manifesta também na distribuição desigual de oportunidades educacionais.
A PSICOLINGUISTICA CONTEMPORÂNEA E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA
ESCRITA
“O ensino tradicional obrigou as crianças a reaprender a produzir os sons da fala,
pensando que, se eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num
sistema alfabético. Mas, esta premissa baseia-se em duas suposições, ambas falsas: que uma
criança de seis anos não sabe distinguir os fonemas do seu idioma, e que a escrita alfabética é
uma transcrição fonética do idioma. A primeira hipótese é falsa, porque, se a criança, no decorrer
da aprendizagem da língua oral, não tivesse sido capaz de distinguir oralmente pares de palavras,
tais como pau, mau; coisa que, obviamente, sabe fazer. A segunda hipótese também é falsa, em
vista do fato de que nenhuma escrita constitui uma transcrição fonética da língua oral.” (p. 24)
MÉTODOS DE ENSINO
A educação no Brasil foi muito influenciada nos últimos 30 anos pela obra da
psicolinguística Emília Ferreiro. Sua obra – Psicogênese da Língua Escrita, não revela
nenhum método pedagógico, mas sim, os processos nos quais as crianças transitam durante a
aprendizagem.
A ideia central desse estudo para a prática escolar é a transferência do foco da escola, do
conteúdo ensinado para o aluno considerando que o mesmo tem papel ativo na aprendizagem e
constroem seu conhecimento transpondo por quatro fases/hipóteses, tendo avanços e recuos até
a sua alfabetização. É importante que o educador esteja atento e diagnostique a turma (sondagem
inicial) para saber em que hipótese cada aluno se encontra para adequar
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