Psicologia do Cotidiano
Por: Cynthia Raquel • 11/3/2016 • Ensaio • 1.060 Palavras (5 Páginas) • 1.400 Visualizações
Observação Nº 4
Local: Centro de lazer
Data: 20/07/2013
Horário: 17:00 às 19:00 hrs.
Confesso que não tenho nem noção de onde fica esse Centro de Lazer,
mas como foi algo acordado entre nós “dou meus pulos e vou”. Consigo chegar
lá no horário combinado e dessa vez as meninas já estão lá, graças a Deus,
por que estava completamente perdida aqui. Decidimos dar uma volta para nos
situar melhor no lugar e entender onde seria os melhores pontos para focarmos
nossa observação. Nessa volto reparo que há quadras de futebol, parquinho
para as crianças, aparelhos de ginástica funcional, pista de skate e uma pista
bem sinalizada de caminhada e para andar de bicicleta.
Nessa volta o que me chama atenção é um grupinho de jovens, devem
ter de 14 à 17 anos mais ou menos, eles estão na pista de skate e se vestem
de acordo com essa tribo, acho engraçado porque eles estão conversando,
rindo, tocando violão e comendo um lanche que deduzo que cada um trouxe
uma coisa e eles juntaram tudo pra ficar mais gostoso. Eles me chamam à
atenção, acredito eu, pelo fato de eles serem skatistas mesmo, eu faço parte
da equipe de jovens da minha igreja e auxilio no cuidado e no ensino dos
jovens de 15 à 18 anos e lá na minha igreja eu andei reparando que
ultimamente o grupo que era dessa tribo aumentou muito em pouco tempo eu
queria entender o porque mas confesso que não consegui, então eu apenas os
acompanho, confesso também que de todas as tribos que tem nessa parte dos
jovens da minha igreja, essa é a mais animada e respeitadora.
Isso me lembra a minha infância, no período depois da escola eu ficava
no Núcleo Comunitário da Vila União, lá durante a tarde desenvolvíamos várias
atividades, dentre elas artesanato, costura, aulas de orientação sexual e
momentos livres onde podíamos assim então brincar na quadra, assistir TV,
brincar na brinquedoteca ou simplesmente ler um livro. Lembro do dia que um
dos meus amigos apareceu com um skate para brincarmos no horário livre, ele
tentou de todas as maneiras me ensinar a pelo menos fica de pé na prancha,
porém eu não conseguia, depois do horário do Núcleo, próximo a ele tinha uma
pista de skate com uma daquela rampas em forma de U, decidimos que iriamos
para lá porque lá era impossível eu não aprender a andar, fomos e adivinha eu
não aprendi a andar e ainda de prêmio ganhei duas cicatrizes nas minhas
pernas.
Depois de darmos a volta no Centro de Lazer todo, decidimos nos sentar
achamos um lugar que tem uns banquinhos que ficam embaixo de uma árvore
enorme, e pelo menos eu, estou bem cansada, o Centro é muito maior do que
eu pensava. A visão desses banquinhos é quase toda voltada para os
balanços, reparo que nos outros banquinhos tem algumas mães ou
responsáveis conversando e com várias mochilas na mesa. A concentração
nos balanços é de na maioria meninas com uns 5, 6 anos. Logo pude
observação uma das meninas que me chamou atenção, não só minha, mas
percebo que as outras meninas do grupo também estão olhando para ela. A
menina esta com a mãe, essa menina grita para que a mãe vá balança-la, a
mãe atende ao pedido e fica um tempo razoável a balançando, aparentemente
a mãe cansou e foi parando de balançar aos poucos, a menina não se
conforma e como no começo começa a gritar com a mãe de novo, mais
fazendo manhã do que sendo mal educada, em um desses momentos de
histeria da criança, ela pega o seu chinelinho e joga na direção da mãe, o
intrigante é que a mãe até tenta conter a birra dessa menina, porém sem
sucesso algum, depois da cena do chinelo sendo jogado a mãe desiste e
coloca a menina no balanço de novo e começa a balança-la.
Quando isso acontece, eu e as meninas do grupo conversamos e
percebo que não foi só eu que fiquei indignada com essa atitude tanto da
criança quanto da mãe, desse jeito a menina vai ser
...