Psicologia escolar

[pic 1][pic 2]                 UNIVERSIDADE CAMPOS DE ANDRADE
CURSO DE PSICOLOGIA – Projeto Integrador – 2º Semestre/2015

ARTIGO DE OPINIÃO

Ética e Psicodiagnóstico em Psicologia Escolar e Educacional

Anne Caroline Camargo, Daniela Priscila Lins, Francine Duane Rossi e Priscila Matias.

A Psicologia Educacional é um ramo aplicado do campo principal da psicologia, isto é, consiste na aplicação das técnicas e princípios psicológicos ao desenvolvimento das estratégias e programas educacionais e à solução dos problemas da educação. Sua principal função é auxiliar as pessoas que se dedicam à educação a desenvolver melhor compreensão teórica e prática dos processos educacionais.

O ramo da psicologia que estuda o processo de ensino e aprendizagem possui diversas vertentes: os mecanismos de aprendizagem nas crianças e adultos; a eficiência e eficácia das tácticas e estratégias educacionais; bem como o estudo do funcionamento da própria instituição escolar enquanto organização. Desenvolve seu trabalho em conjunto com os educadores de forma a tornar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo para o educando.

Usa seu conhecimento para compreender os processo e estilos de aprendizagem, direcionar a equipe educativa no aperfeiçoamento do processo de ensinar e aprender.

Segundo Vygotsky (1979, p,139) “[...] a aprendizagem organizada converte-se em desenvolvimento mental e coloca em funcionamento uma série de processos evolutivos que nunca poderiam ocorrer à margem do aprendizado”. Quando o mesmo postula o caráter orientador da aprendizagem com relação ao desenvolvimento está formulando uma tese, segundo a qual a aquisição dos instrumentos de mediação cultural, isto é, a atividade educacional, é constitutiva, do curso do desenvolvimento do ensino-aprendizagem.

A Psicologia Escolar e Educacional exerce um papel fundamental no âmbito escolar, embora os próprios profissionais da área não tenham total domínio para exercer a função na área.

A atuação da Psicologia escolar pode ocorrer em duas vertentes: Rede Pública e Rede Particular, as quais não devem conter divergências entre ambas. Com base em leitura do artigo “Atuação do Psicólogo Escolar na Rede Particular de Ensino”, pode-se observar que pode haver certa distinção entre elas. Segundo Sant’anna (1984, citado por Castanho, 1990, p.11) “o segmento de ensino privado é caracterizado por forte pressão institucional, porque as escolas se reservam o direito de exigir um tipo de trabalho específico, que nem sempre está de acordo com o modelo mais adequado, do ponto de vista psicológico”. Outra questão a ser levantada, de acordo com Benzi (1996) “as maiores dificuldades enfrentadas pelo profissional são a falta de respaldo legal para a presença do psicólogo no sistema educacional e a falta de conhecimento, muitas vezes entendida como uma atuação clínica”.

Entretanto, é bem conhecido o fato de que a maioria das escolas, sejam públicas ou privadas, não inclui ainda o psicólogo em suas equipes e que possui professores despreparados para acolher um trabalho desta natureza e sem direcionamento para desenvolver seus trabalhos em sala de aula.

A presença do profissional de psicologia no ambiente escolar como já falamos antes é imprescindível para o desenvolvimento do aluno, pois suas dúvidas e seu comportamento poderão ser detectados e acompanhados e encaminhados para atendimento terapêutico fora do ambiente escolar. Não é difícil que se confunda o papel do psicólogo escolar com o psicólogo clínico no ambiente de aprendizagem, pois o mesmo por causa da demanda escolar é pressionado a exercer um papel que não é seu. O psicólogo escolar desenvolve seu trabalho em conjunto com outros educadores para tornar mais efetivo o processo de aprendizagem e focar a sua atenção nas necessidades e nas dificuldades do aluno.