Psicolologia Pastoral
Casos: Psicolologia Pastoral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pinto1silva • 30/9/2014 • 3.608 Palavras (15 Páginas) • 328 Visualizações
ACONSELHAMENTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Podemos observar na Bíblia um enfoque direto a questão do novo nascimento conf. João 3 e 2 Coríntios, onde o cristão experimenta uma nova experiência de vida, um recomeço, com padrões baseados nas Escrituras Sagrada.
Contudo, na caminhada cristã surgirão crises existências que levam muitos a um colapso espiritual e familiar, que tem inicio na Queda do Homem e é desenvolvido por conta da influencia pecaminosa como uma enfermidade hereditária (conf. Gn 3).
Por isso, é fundamental a funcionalidade da igreja na área do aconselhamento, buscando respostas a essas crises e conflitos que afetam os membros do corpo de Cristo (Efésios 4; 1 Pedro 4; Romanos 12; 1 Coríntios 12).
I - CONFLITOS, INEVITÁVEIS NO MINISTÉRIO
O pastor precisa evoluir no ministério, aceitar as novas abordagens a respeito do aconselhamento pastoral, em áreas como psicologia ou sociologia, que tratam das questões conflitantes socioculturais da atualidade, para não se tornar um ativista compulsivo, minando a eficácia ministerial. Cultivar uma vida devocional com plena confiança no poder da oração, é fundamental (1 Sm 12.23). E ter cautela sobre a inércia ministerial, que é tão prejudicial quanto o ativismo descontrolado (2 Tm 1.6,7), não esperando que o tempo resolva o que é de sua total responsabilidade. No ofício pastoral um problema evitado hoje, devido ao receio ou falta de vontade em agir, poderá ser o atestado de incompatibilidade para o cargo amanhã.
II - QUALIFICAÇÕES RELACIONAIS DE UM PASTOR
É nas Epistolas conhecidas como Pastorais que podemos encontrar conselhos de Paulo a dois jovens pastores sobre “o obreiro ideal” (1 Tm 4.16; Rm 7.23; 1 Co 9.27). Para quem anseia ao pastorado, ele destaca algumas qualidades, que são importantes ao desenvolvimento de nosso tema:
1. A pessoa - Ao tratar de assuntos pastorais sempre voltamos às três palavras básicas que identificam o líder espiritual no Novo Testamento grego:
Πρεσβύτερος - “presbíteros, ancião”, identificam a maturidade e dignidade da pessoa, destacando a postura do líder diante dos conflitos, não neófito, assim não tomará iniciativas precipitadas, além do que será uma pessoa confiável diante das pessoas envolvidas. Επίσκοπος - “epíscopos, bispos”, destacam função ou dever de supervisão desta pessoa que administra e cuida da igreja de Deus, assim não será condescendente com pendências, disputas e porfias entre irmãos. Ποίμενος, ποιμένα – “poímenos, poiména, pastor”, que destaca a liderança e cuidado desta pessoa junto ao rebanho. Aquele que cuida da harmonia no rebanho, às vezes disciplinará a ovelha rebelde, enfim, nutrirá as ovelhas a fim de que estas vivam em paz.
2. As características em 1 Tm 3.4,6 - νηφάλιος - “Sóbrio, de mente limpa, equilibrado”. σώφρων - ser autocontrolado em diversas circunstâncias. άμαχος - Não contencioso. προϊστάμενον - Uma pessoa que governa, administra bem a sua própria casa (Tito 1.6) no que concerne à sua família e necessidades. O líder deve fazer de seu lar uma pequena comunidade Cristã. φιλόξενος - hospitaleiro, em sua condição oficial ele tem o dever de manter sua casa aberta aos delegados da igreja (algo comum na época). μαρτυρίαν - Uma pessoa que tem um bom testemunho junto aos não crentes da comunidade. κόσμιος - bom trato com as pessoas. έπιεικής - Paciência, ou seja, resistir aos distúrbios da alma diante das circunstâncias (cf. Gl 5. 22). μη ανθαδη, μη αργίλον - Resistir o que possa amargurar o coração. Uma pessoa que está disposta a submeter todos os seus direitos pessoais a Deus. Αγάπην - O que forma o caráter cristão, o maior dom, se o líder não tiver amor pelas ovelhas, só o profissionalismo vigorará e tudo será artificial.
As características mencionadas acima devem ser virtudes adquiridas e não ferramentas profissionais.
3. Perigos comuns no ministério quanto às relações humanas
3.1 - Falhar em humildade: onde falta humildade surge o orgulho (1 Pe 5.2,3).
3.2 - Pensar somente em progresso e não em pessoas.
3.3 - Pensar coletivamente e nunca individualmente.
3.4 - Abuso de poder: o autoritarismo não encontra respaldo bíblico (3 Jo 9,10).
III - MÉTODOS DE ABORDAGEM DE CONFLITOS
1. Permanecer em inércia – os problemas devem ser tratados (conf. Josué 1 e 2; Hb 12.15).
2. Abafar conflitos – conflitos não solucionados cresce vertiginosamente (Pv 18.10).
3. Exercer pressão – exigir a reconciliação de forma arbitraria é desperdiçar tempo e ampliar o problema (Mt 5.9; 1 Pe 5.2,3).
4. Obter informação - Para que haja uma resolução eficaz é necessário compreender e informar-se sobre as causas e consequências do conflito (1 Co 1.11; conf. 1 Rs 3.l6 a 28).
5. Estabelecer confiança - O pastor deve criar um ambiente de confiança para com seus aconselhados (conf. Pv 18.17).
6. Contar com a ajuda de outro conselheiro (conf. Fp 4: 2, 3).
7. O poder do testemunho (2 Co 1.3-7).
8. Criatividade - usar nossa “inteligência espiritual” (Cl 1.9; 2 Sm 12; Mt 5.23, 25).
9. O poder da Palavra – devemos crer piamente que Deus agirá, usando o pastor como vaso de bênção (2 Tm 2.20, 21; 2 Tm 3.16, 17; Sl 19; Jr 23.29).
IV - A GRAÇA DE DEUS E A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
1. Reconciliação – Deus resolveu o pior de todos os conflitos (2 Co 5.18 a 21). O Espírito Santo pode restaurar os relacionamentos (Rm 5.5; Ef 4.1-3).
2. Machados, para a glória de Deus - os Conflitos podem ser desfeitos pela graça e misericórdia de Deus (conf. Ef 3.20).
3. O papel do pastor diante da não resolução - se certo muro de separação não cair, o pastor deve ir (em amor) as últimas consequências (conf. Mt 18; 2 Ts 3; (1 Co 5.9 a 13).
V - FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO BÍBLICO
1. Temos três abordagens de aconselhamento não cristão os quais trataremos
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