RESENHA DO ARTIGO CIENTIFICO PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E A SAÚDE PÚBLICA
Por: plinioqua • 20/6/2018 • Resenha • 626 Palavras (3 Páginas) • 654 Visualizações
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E A SAÚDE PÚBLICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA PSI EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
AMARAL, Marília dos Santos; GONÇALVES, Cristiane Holzschuh; SERPA, Monise Gomes. Psicologia Comunitária e a Saúde Pública: relato de experiência da prática Psi em uma Unidade de Saúde da Família. Psicol. cienc. prof. vol.32 no.2 Brasília 2012. Marília dos Santos Amaral é doutoranda em Psicologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, SC – Brasil. Cristiane Holzschuh Gonçalves é Psicóloga Residente da Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde Ênfase em Atenção Básica e Saúde da Família da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande. E Monise Gomes Serpa é Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora de Psicologia do Centro Universitário Franciscano, Santa Catarina – SC – Brasil.
A leitura apresenta um relatório sobre uma experiência de estágio em uma Unidade de Saúde da Família em Santa Maria-RS, criada em 1988, que atende três grandes bairros periféricos da região. Objetivando a análise da prática da psicologia comunitária, bem como as suas estratégias que visam a facilitação em comunidades inseridas em uma unidade de saúde pública. Em que o foco da experiência foram os usuários encaminhados para o serviço de Psicologia, sendo atendidos pela equipe multidisciplinar da referida Unidade de Saúde da Família (USF).
Na leitura os autores apresentam as estratégias de psicologia comunitária utilizada nos usuários da USF como entrevistas, visitas domiciliares, conversas informais e interação nos espaços comunitários discutidas previamente com a equipe multidisciplinar da referente unidade que supervisionaram e aplicaram a experiência. Fazendo a demonstração de como estas estratégias podem favorecer ações mais integradas às necessidades da população atendida pela Estratégia de Saúde Familiar (ESF).
Ao aplicar estas estratégias os autores constataram a pertinência sobre a importância de romper os padrões de atendimento psicológico tradicional, ao se construir uma ética que abrange os princípios da interdisciplinaridade. Observaram a importância de questionar os modelos de atuação prestados pela Psicologia nos serviços de saúde pública frente as estratégias de atuação em comunidade na perspectiva da Psicologia comunitária, abrindo a possibilidade de se debater a respeito de uma proposta de atuação que se comprometa com o fortalecimento e o engajamento comunitário para o exercício e a garantia da cidadania dos usuários prevista constitucionalmente.
Os autores apontaram que ao final desta experiência estas estratégias demostraram-se importantes para o mapeamento da realidade comunitária, das redes de serviços e para verificar como estas funcionam. Ressaltando que a experiência não alcançou seu total objetivo em virtude das práticas da instituição em focar em atendimento clinico dos usuários doente, ao contrário da pratica de estratégias de prevenção.
Neste contexto estas experiências sobre a psicologia comunitária devem partir de um levantamento das necessidades e carências vividas por uma comunidade em que o objetivo principal é a transformação do indivíduo em sujeito, buscando garantir a sua cidadania, conforme o objetivado pelos autores. Desta forma, o psicólogo deve atuar neste sentido como um analista-facilitador, que como um profissional que toma as iniciativas de solucionar os problemas da comunidade. Entretanto, no decorrer da leitura, os autores tecem críticas a resistência institucional sobre estas estratégias de psicologia comunitária voltados principalmente a prevenção, em virtudes de seus modelos estratégicos preestabelecidos de atendimento clinico.
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