RESENHA DO FILME GABY - UMA HISTÓRIA VERDADEIRA
Por: Raissa Saraiva • 11/5/2018 • Trabalho acadêmico • 981 Palavras (4 Páginas) • 2.797 Visualizações
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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE FORTALEZA – UNIFOR CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
PSICOMOTRICIDADE
Aluna: Raissa Martins Saraiva Mesquita – 1320294/0
Filme “Gaby – Uma História Verdadeira”
Com o objetivo de relacionar aspectos do filme Gaby – Uma História Verdadeira com o texto “O acompanhante terapêutico e a construção de um protagonismo” é que foi dado início ao presente trabalho. O filme conta a história de Gaby, a segunda filha de um casal que morava na cidade do México. Aparentemente saudável, mas enquanto sua mãe se recuperava foram surgindo os primeiros sinais de que havia algo diferente com ela. Seus pais procuraram diversas opiniões médicas em vários lugares, até que Gaby foi diagnosticada com paralisia cerebral, doença que afetava todo seu corpo, incluindo suas cordas vocais. No início foi difícil para a família aceitar sua condição, mas com o passar do tempo resolveram enfrentar as dificuldades diante da situação de Gaby.
Gaby era cuidada por uma babá que não se mostrava carinhosa, porém havia uma das empregadas chamada Florência que percebeu a inteligência e as capacidades cognitivas não afetadas pela paralisia. Desde então, a mesma passou a exercer a função de Acompanhante Terapêutico, que promovia a autonomia de Gaby, além de propiciar a sua reinserção social. A melhora de Gaby era vista principalmente a partir dos cuidados e carinhos incentivados por Florência, o seu orientação era feita em todos os locais que estava: casa, universidade, rua. O texto aborda que “no acompanhamento terapêutico não há um “setting” recortado por uma sala. A cena de trabalho parte dos lugares conhecidos do paciente – tanto espaços privados, como a sua casa ou a clínica onde é atendido, quanto espaços públicos que lhe são familiares, como a praça perto de sua casa ou a linha de transporte público que costuma utilizar.”
Em paralelo o texto aborda sobre o desenvolvimento das crianças e afirma que a constituição do sujeito e as realizações instrumentais apresentam-se entrelaçadas. Gaby estava sempre em casa e não tinha relações com o mundo externo, pois não se reconhecia como sujeito. E foi a partir do vínculo criado com Florência que Gaby começa então a reconhecer seu lugar como sujeito, decorrente da consequência da comunicação com o outro, além de poder ser ouvida. A comunicação para Gaby deu-se por meio da adaptação de uma placa com o alfabeto, pois, mesmo que tivesse as limitações, ela conseguia mexer o pé esquerdo. Florência, por ser muito cuidadosa e querer proteger Gaby, diversas vezes se põe muito no lugar dela, com o intuito de ajudar, remetendo muito ao que aborda no texto quando diz que “mais uma vez fica no lugar de quem foi ‘levado’, teve seu caminho devorado pelo Outro que, como os pássaros da história, apagou os vestígios de seu desejo incipiente”.
O filme retrata muito forte a força, determinação e superação de Gaby diante das suas limitações. Até mesmo a sexualidade, que poderia ter sido algo afetado por sua condição física não é um problema. Ela possui desejos e não enxerga resistências a conseguir seus objetivos. Florência passou a exercer a real função de um Acompanhante Terapêutico (AT) quando estimula, incentiva e autoriza que Gaby pudesse viver a sua vida, além de proporcionar a reinserção social. Apesar de sofrer bastante preconceito Gaby consegue vencer os obstáculos desse ambiente farto de limitações, sempre tendo a companhia e presença da AT, sabendo-se que o AT não serve para preencher a solidão, ele tem o objetivo de produzir, por meio da representação do sujeito a sua condição de existir, através da utilização dos instrumentos na construção dos laços sociais.
Universidade de Fortaleza[pic 2]
Curso de Psicologia
Disciplina: Psicomotricidade
Professora Michelle Sales
Aluna: Lia Avelino Carvalho
Análise do filme “Gaby: uma história verdadeira” a partir da leitura do texto “O acompanhante terapêutico e a construção de um protagonismo”
O filme conta a história de Gabriela Brimmer (Gaby) que nasceu com paralisia cerebral e só conseguia mexer seu pé esquerdo. Ela começou a usar esses movimentos para se comunicar e conseguiu se tornar uma reconhecida escritora e poetisa. Gaby tinha uma babá, que não se deu conta sequer que a inteligência da menina não havia sido afetada pela paralisia. E então, uma governanta (Florência) começa então a prestar atenção e percebe que a menina pode usar o pé esquerdo voluntariamente e que tem aspectos cognitivos que permitem consciência e compreensão, apesar das limitações causadas por conta da paralisia. Gaby enfrentou desafios e precisou algumas vezes de auxilio e apoio.
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