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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O FILME: “GABI, UMA HISTÓRIA VERDADEIRA”

Por:   •  16/4/2015  •  Dissertação  •  659 Palavras (3 Páginas)  •  567 Visualizações

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O FILME: “GABI, UMA HISTÓRIA VERDADEIRA”

Tratar acerca da Educação Inclusiva, nos dias de hoje, é uma ordem e deveria ser um anseio de todos os educadores e profissionais da educação, No entanto, nos debatemos com uma realidade cruel: de um lado está a escola conservadora, com professores que buscam qualificar-se mas não aceitam uma prática docente atualizada, persistindo em agir como se não existissem novos paradigmas impostos pela realidade social na qual todos – alunos, professores, famílias e sistemas de ensino – se inserem, nos tempos atuais; de outro, a legislação educacional brasileira que acreditou configurar uma proposta educativa que verdadeiramente corresponda a uma luta por uma escola que não discrimine, que não rejeite nenhum aluno, desta forma sendo justa e de direito a todos.
A Educação Inclusiva ou a consideração legal de que é necessário “incluir” o aluno portador de deficiência em uma sala de aula do ensino regular, interagindo e aprendendo juntamente com os alunos não portadores de alguma deficiência, face à realidade, insere muito mais do que está simples ideia de convívio harmônico entre todos os alunos, uma vez que a escola regular atual, diferentemente da escola especial, não foi preparada, em todos os aspectos, para cumprir com tal obrigação legal e social.
Sabe-se que a Inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o benefício de todos os alunos, com e sem deficiência, no entanto, sua efetivação prática em todas as escolas ainda depende de uma disponibilidade interna para enfrentar as inovações, tanto em termos de espaços educativos, de concepções teóricas como de preparo e formação dos profissionais da educação.
A situação retratada pelo filme “Gabi, uma história verdadeira” é um exemplo da problemática que tem envolvido a prática e a efetivação da Educação Inclusiva para os portadores de deficiência ou Portadores de Necessidades Educacionais Especiais – PNEE, que são aqueles alunos que apresentam alguma deficiência ou dificuldade de aprendizagem que requer um ensino mais direcionado e adaptado às condições desses alunos.
No filme, Gabi, que é uma deficiente física que não fala, não mexe a maioria das partes do corpo (apenas os olhos demonstrando compreensão de tudo à sua volta e os pés, na qual tem muita habilidade), mas frequenta a escola – Especial – passa a ler (mentalmente) e a escrever com os pés, desenvolve-se como ser humano, chega a se apaixonar e até escreve um livro, apesar de suas condições de saúde. No entanto, ela não quis frequentar a Escola Regular de Ensino e também sua família não concordava com isso, por medo da discriminação, da exclusão, da diferenciação pelas condições de deficiência de Gabi.
Acreditamos que os pais de Gabi estavam certos, pois como a escola atual ainda não está preparada para escolarizar com qualidade um aluno deficiente, talvez Gabi, numa situação de Educação Inclusiva no contexto atual, não teria o progresso que chegou a conquistar: escolarizar-se para a vida, para um ideal, para uma realização pessoal em sua vida: tornar-se uma escritora, principalmente por escrever com os pés.
No que cerne a problemática da Educação Inclusiva, importa refletir e discutir questões que envolvem as imposições legais em vigor e a realidade das escolas de ensino regular, na qual tem apresentado – conforme se pode observar pela mídia, pelos meios de comunicação, em palestras, seminários e outros encontros que se proponham a discussões acerca da inclusão escolar e social – uma série de contrapontos e divergências, bem como limitações, dificuldades e falta de preparo estrutural e humano para que tal prática se concretize.
Acreditamos que a principal medida a ser tomada para que a teoria se transforme em prática quanto à Educação Inclusiva é capacitar o professor, valorizando e instrumentalizando-o para atender aos portadores de deficiência com responsabilidade, com sabedoria e com segurança de que estão contribuindo com a formação integral – mesmo que com algumas ressalvas – também do aluno portador de deficiências, pois “Educação para Todos” é um direito e um compromisso que deve ser honrado.

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