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RESENHA DO LIVRO: PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE

Por:   •  4/11/2017  •  Resenha  •  1.258 Palavras (6 Páginas)  •  2.603 Visualizações

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FACULDADE ESTÁCIO

Magda Maria Ferreira de Lucena

Izabella Correia da Silva Pereira

Simone Patrícia Ribeiro Sitônio

TRABALHO DA DISCIPLINA

TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS II (TSP II)

RESENHA DO LIVRO: PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE?

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Maceió-AL

2017.2[pic 5][pic 6]

Magda Maria Ferreira de Lucena[pic 7]

Izabella Correia da Silva Pereira

Simone Patrícia Ribeiro Sitônio

RESENHA DO LIVRO: PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE?

Trabalho apresentado à disciplina TSP II, do curso de Psicologia da Faculdade Estácio Maceió, para obtenção da avaliação parcial da AV1.

Profa. Luciana Carla Lopes de Andrade

Maceió-AL

2017.2[pic 8]

SUMÁRIO[pic 9]

1.RESENHA DO LIVRO......................................................................................04

 REFERÊNCIAS..................................................................................................08

  1. RESENHA DO LIVRO: PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE?

O livro “Para que serve a psicanálise”, da autora Denise Maurano, doutora em filosofia, psicanalista e professora adjunta da Universidade de Juiz de Fora-MG, nos traz reflexões interessantes e bastante instigantes acerca da prática clínica da psicanálise contemporânea. A obra foi organizada em seis seções, abordando a prática da clínica psicanalítica nos dias atuais, a psicanálise na história da cultura; articulação da psicanálise à ciência e à arte; situações em que cabem procurar um psicanalista; os destinos do desejos no desenvolvimento da clínica psicanalista; e, questões éticas na prática da psicanálise.

A autora nos faz refletir sobre qual é o lugar que a psicanálise ocupa nos dias atuais, numa sociedade do espetáculo, onde a tônica é formar redes facilitadas pela tecnologia avançada que se dispõe em nossos dias. E na maioria das vezes as pessoas não se mostram nas redes sociais como realmente são e o que de fato estão sentindo, levando–as em muitos casos a viverem um conflito de identidade, imersas nas fantasias vivenciadas no mundo virtual.

E o que leva uma pessoa a tomar decisões e criar coragem para buscar um acompanhamento psicanalítico? Destacamos a “coragem” porque se mostrar como realmente somos, não é nada fácil.... penetrar na imensidão do nosso mundo verdadeiro... dos nossos porquês... das nossas dúvidas... dos nossos medos e anseios.... é preciso realmente ter muita coragem. Muitas vezes nos deparamos com preconceitos e comentários que não nos encorajam a procurar a ajuda de um profissional para conversar sobre o nosso “EU” verdadeiro.

 Há quem diga que Freud e a psicanálise estão ultrapassados, mas, a realidade aponta para a extrema importância da clínica psicanalítica. Em um mundo novo cheio de descobertas na área da tecnologia, as pessoas estão cada vez se distanciando umas das outras, se comunicando através das redes sociais, na era da simulação, em um cenário virtual, um mundo com bastante informações, porém, carente de afetividade, permeado de desencontros, com a presença de conflitos de diversas ordens.

Cabe aqui destacar que Freud percebeu que aquilo que fazia sofrerem as mulheres que ele atendia e lhes fazia produzir sintomas inexplicáveis aos olhos dos médicos de seu tempo, não eram senão diferentes expressões de um mal inexorável: o mal de amor. Cedo, ele se deu conta, também, de que o tratamento para isso passava pela fala, pelos efeitos do acionamento desse fantástico dispositivo que é a fala. É a linguagem que nos conecta, não importa se o sujeito é surdo mudo, ele também está incluído.

Apesar de toda a mudança de costumes e equipamentos tecnológicos que dispomos para nos comunicarmos, o cerne da aflição humana continua sendo o chamamento à libido para resolver as nossas questões mais cruciais, por isso a psicanálise continua sendo a melhor opção para tratar o mal da civilização nos dias atuais, que é o mal de amor. Foi a falta de amor, ou insatisfação sexual, que deu origem à invenção da psicanálise. A psicanálise veio servir para tratar dos impasses decorrentes disso.

Diante das inúmeras opções para resolver as questões de sua indisposição até iniciar um trabalho psicanalítico, o indivíduo percorre um caminho longo, ponteado pelo marketing exacerbado de nossa sociedade comunista e concomitante capitalista, mas nada disso consegue preencher o vazio deixado pela retirada da sua subjetividade.

Viver sem amar e ser amado, lidar com a dor da falta, seja esta identificada ao que quer que seja, é simplesmente inumano.

A criação de expectativas nos deixa em um ambiente ideal, mas que não é o real. Na ambiência dos nossos desejos, nos satisfazemos com os signos, as representações daquilo que realmente necessitamos. Portanto, “é melhor criar codornas do que criar expectativas”, pelo menos as codornas nos trarão um certo lucro, já as expectativas, se não forem atendidas, tornar-se-ão em frustações e essas em patologias.

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