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RESENHA - FERRAMENTAS PARA UMA PSICOLOGIA SOCIAL

Por:   •  17/11/2017  •  Resenha  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  2.314 Visualizações

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RESENHA

FERRAMENTAS PARA UMA PSICOLOGIA SOCIAL

ANTÔNIO AP. BESTETTI JR.   RA:8618259836

Artigo acadêmico intitulado “Ferramentas Para uma Psicologia Social” escrito por Rafael Diehl, Cleci Maraschin e Jaqueline Tittoni, publicado pela revista “Psicologia em Estudo” 2006.

O artigo sustenta que o surgimento de muitos movimentos políticos e sociais, não só tornaram possível como também impulsionaram uma nova forma de pensar a relação do sujeito com a sociedade, que nas experiências práticas teve seu desenrolar como uma produção de novas ferramentas, aqui particularmente, numa experiência de estágio que aconteceu tanto na experiência prática quanto no ato de supervisão. Estas ferramentas se constituem em algo sinérgico, que se reconstrói constantemente durante todo um processo.

Este, dividido em sete tópicos; dois são destinados a descrever quais são os movimentos que sustentam a visão colocada, um relata o contexto em que as ferramentas foram engendradas e os quatro últimos relatam quais são as ferramentas e suas possíveis articulações com o campo.

Diante de grandes mudanças no contexto político e social, começa-se a problematização da formação profissional e da construção teórica e metodológica das ferramentas de intervenção e é por conta disso, que o estágio proposto vem com a intenção de produzir uma formação profissional que articulasse os temas de saúde, educação e trabalho, partindo da problematização do fazer dos psicólogos e suas implicações políticas e éticas.

A relação entre psicologia e política não pode ser dicotomizada, uma vez que, a psicologia não é um saber que se encontra alheio da política, pois, a reflexividade sobre o seu objeto de estudo tem sua repercussão na realidade social entendendo política como “campo de táticas e estratégias em relações de poder onde o que está em questão é o governo de si e dos outros” (p. 409).

É no percurso da supervisão do estágio, que as ferramentas foram se delineando e isso na forma de orientação dos supervisores e da experiência subjetiva dos estagiários no campo de estágio, sendo assim, a supervisão funciona como um outro campo de experiências onde os relatos de campo provocam uma problematização e um tensionamento formando uma nova configuração.

A escrita, proporciona ao estagiário uma forma de distanciamento e de deslocamento de sua posição, além de ser um forma de trabalhar com as angustias, euforias dentre várias outras emoções, através de uma escrita pessoal, onde o relato é não apenas do visto, ouvido, tocado, cheirado e degustando, mas, do que foi experienciado por parte do sujeito.

O olhar, ferramenta que traz consigo complexidade maior e exige por parte do vidente muita acuidade. Os vislumbres que se depara pode facilmente maquiar o que de fato deve ser visto, movido pelos seus ideiais direciona-se para o que já está dado ao invés de desvelar os fenômenos. Portanto, olhar é ver o que não está a mostra.

Percorrer, é estar pronto a andar por lugares aparentemente conhecidos, mas ainda conseguir ter estranhamentos e extrair novas percepções nos mais diversos ambientes.

Estas ferramentas não podem ser vista como algo exterior, mas sim, como uma constituição da subjetividade do psicólogo com a sua prática social, ética e política.

A construção de tais ferramentas claramente se dá com uma prática pensada, o que de fato deveria ser constituinte do psicólogo, porém, a aplicação do político em detrimento do científico, prejudica esta área do saber chamada de psicologia, uma vez que toda ciência precede a política e isso para que a política não dite o saber científico com ideologias, sejam elas pessoais ou grupais.

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