Resenha do Livro “O que é psicologia social” de Silvia T. Maurer Lane
Por: Larissa Menezes • 5/9/2017 • Resenha • 926 Palavras (4 Páginas) • 7.211 Visualizações
Resenha do Livro “O que é psicologia social”
de Silvia T. Maurer Lane
No primeiro capítulo - Introdução: Psicologia e psicologia social - a autora define que a Psicologia é a ciência que estuda o comportamento, principalmente, do ser humano, se preocupando com o comportamento que individualiza as pessoas, como também os comportamentos decorrentes de aprendizado determinado pela sociedade, sendo que o comportamento é toda ação reflexa, os comportamentos conscientes e inconscientes, deste modo, a Psicologia Social estuda as relações fundamentais entre o homem e a sociedade, se preocupando em conhecer como o indivíduo se torna agente da história.
No segundo capítulo - Como nos tornamos sociais - Silvia considera que todos os seres humanos se caracterizam por conviver em grupos, pois são necessários para a sua sobrevivência, e cada indivíduo pertence a um contexto histórico e em cada grupo social há normas que determinam as relações sociais. Ela define a identidade social como um conjunto de papeis que desempenhamos visando a manutenção das relações sociais no nível ideológico e da ação, permitindo que as relações de dominação se estabeleçam através da exploração da força de trabalho, e somente quando o indivíduo tiver consciência de si e questionar a sua condição, é que ele poderá alterar a sua identidade social, pois a condição individual do homem só existi quando ele obtiver a consciência social.
No terceiro capitulo – Como aprendemos o mundo que nos cerca - Ela expõe o papel importante da linguagem, que surgiu para transmitir ao outro as experiências e praticas históricas da humanidade, sendo produzida socialmente e que muitas vezes se torna uma arma de dominação, pois na nossa sociedade há a distinção entre os que falam (classe dominante) e os que produzem (dominados), e geralmente são os intelectuais da classe dominante que explicam a realidade social de forma falseada, idealizando a realidade para justificar e valorizar a sua dominação, por isso que se apenas reproduzimos os que nós foi transmitido, estaremos apensas reproduzindo as relações sociais necessárias para a manutenção da vida material da nossa sociedade, então devemos pensar a realidade e questioná-la de forma a produzir novas ações, o que irá permitir que tenhamos consciência do nosso grupo social.
No quarto capítulo – A historia via família e escola - A família e a escola são tratadas como instituições importantes para o controle social, pois a família é responsável pela reprodução da força de trabalho através da perpetuação da propriedade, e essa atual estrutura familiar decorre da necessidade histórica da preservação de bens, e é conservadora devido ao fato das relações de poder dos pais com os filhos serem vistas como naturais e necessárias para a sobrevivência dos filhos, impedindo a visão critica desta instituição. Já a escola é reprodutora das relações sociais, pois nela é presente as relações de dominação dos professores sobre os alunos e entre os próprios alunos, reproduzindo assim a ideologia dominante como forma correta de mundo. Somente com uma reformulação da escola, estimulando nos alunos o questionamento das relações sociais, que poderemos formar indivíduos conscientes, propiciando a reformulação das práticas sociais e o progresso histórico.
No quinto capítulo – Trabalho e Classe Social - O trabalho é visto como vital ao homem, pois é através dele que construímos nossa vida social e nos modificamos continuamente, mas o capital se apodera dos meios de produção, dividindo a sociedade entre os que detêm o capital e os meios de produção e os que vendem sua força de trabalho. Portanto, no momento em que os trabalhadores deixam de pensar sobre suas ações e passam a somente reproduzir o que é esperado deles, tornam-se uma força de trabalho alienada, garantindo assim a manutenção das relações de produção e das classes sociais como tais.
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