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RESENHA: O amor de transferência ou a que se pode escrever de uma análise

Por:   •  26/11/2017  •  Resenha  •  452 Palavras (2 Páginas)  •  453 Visualizações

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RESENHA: O amor de transferência ou a que se pode escrever de uma análise

Camila Jardim da Silva*

Márcia de Souza Mezêncio é a autora dessa obra resenhada, possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986) e Mestrado em Psicologia Área de Concentração Estudos Psicanalíticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). É analista de políticas públicas da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, atuando como supervisora clínica - intervenção na perspectiva da Psicanálise Aplicada - de casos atendidos no Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, com ênfase nos temas: clínica da adolescência, clínica das patologias do ato, clínica das psicoses, sintomas subjetivos, sintomas sociais, instituição. É Analista Praticante, aderente da EBP-MG - Escola Brasileira de Psicanálise - Seção Minas Gerais. Além disso, já participou de várias comissões de bancas, vários eventos e publicou muitos artigos como Clínica Psicanalítica das Psicoses: o impasse da transferência (2011).

A presente obra resenhada contém cinco páginas, dezessete parágrafos e cinco subtítulos, argumenta a respeito da transferência que é uma necessidade do pensamento psicanalítico. A transferência é tornar consciente uma característica pessoal, vista na pessoa do analista. Para Lacan, a transferência também é um fato de amor, assim como para Freud, apesar de que alguns teóricos considerarem outros tipos de sentimentos na transferência.

O amor transferencial visa o sujeito. O amor e o saber têm uma relação inconsciente. Essa transferência não é feita por atração física, é algo mais genuíno. Não é através do amor que a relação sexual se escreva. O que se escreve é um gozo particular da pessoa, algo que lhe faz bem. A transferência é um efeito de significação de ordem imaginária governado pela articulação simbólica, porém o efeito imaginário é substituído por um efeito real. É o que torna real, é a necessidade do sujeito em si conhecer.

O real, para Lacan, é o mistério do corpo falante, e consequentemente o mistério do inconsciente. Lacan ensina que não devemos tratar do outro, mas dos objetos que venha substitui-los como causa de desejo, como se fosse uma metáfora de vida, tratar de seus demônios invisíveis. A ideia do amor, parte da relação sexual e o sentido que isso traz para si. O real da psicanálise é diferente do real da ciência.

No geral, esse artigo tem uma linguagem muito difícil de compreender, por se tratar de teorias da psicanálise há essa dificuldade com o significado das palavras, não é indicado ao público leigo, porém a todos os que entendem e gostam de psicanálise, assim como psicólogos, analistas, terapeutas, psiquiatras, e etc. É uma obra de grande valia, o seu conteúdo é bem importante, e assim como Freud e Lacan diz, é essencial ao analista o estudo da transferência do amor.

*Estudante de psicologia, 8º período noturno.

 

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