RESENHA REFERENTE AO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO “HISTÓRIA DA PSICOLOGIA MODERNA”
Por: isabelalvarezr • 21/4/2020 • Resenha • 817 Palavras (4 Páginas) • 474 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
ISABEL LUCAS ALVAREZ RODRIGUES
GABRIELLA FAGUNDES DE ÁVILA
RESENHA REFERENTE AO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO
“HISTÓRIA DA PSICOLOGIA MODERNA”
BELO HORIZONTE- MG
2020
O primeiro capítulo do livro “História da Psicologia Moderna”[1] é dividido em seis tópicos complementares que separam o estudo da história da psicologia entre a sua criação; a relevância de se conhecer o passado dessa disciplina; os dados históricos; suas forças contextuais; as duas concepções da história científica; e as distintas escolas de pensamento existentes.
No primeiro tópico, o autor discute o surgimento da psicologia como ciência. Sabe-se que o interesse pelo nosso próprio comportamento e especulações acerca da natureza e da conduta humana datam o século V a.C. No entanto, a psicologia como disciplina independente só surgiu há pouco mais de cem anos.
Até o último quarto do século XIX, os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, intuição e generalização baseadas numa experiência limitada. Somente quando os pesquisadores passaram a se apoiar na observação e na experimentação cuidadosamente controladas para estudar o comportamento humano é que a psicologia alcançou uma identidade que a distinguiu de suas raízes.
O segundo e terceiro tópicos dizem respeito ao estudo da história da psicologia e a importância de se ter dados históricos fidedignos. Por não haver um consenso entre os profissionais acerca das abordagens e definições particulares desse âmbito, o estudo da história de sua evolução proporciona a integração entre áreas divergentes. Além disso, tal atividade nos permite reconhecer as relações entre várias ideias e teorias, bem como compreender como elementos distintos da psicologia se tornam compatíveis diante do padrão de seu desenvolvimento.
Outrossim, como toda ciência, a psicologia não se desenvolveu no vácuo. Ela é parte da cultura mais ampla em que funciona, estando, portanto, exposta a influências externas que moldam sua natureza e direção. Tal perspectiva é abordada no quarto tópico desse capítulo, o qual salienta que a compreensão adequada da história da psicologia tem de considerar o contexto em que a disciplina surgiu e se desenvolveu, ou seja, as forças sociais, econômicas e políticas que caracterizaram diferentes épocas e lugares.
Posteriormente, o quinto tópico discorre acerca de duas teorias da história científica. A primeira, denominada personalista, concentra-se nas realizações e contribuições monumentais de certos indivíduos. Segundo tal concepção, o progresso e a mudança são diretamente atribuíveis à vontade e à força de pessoas ímpares que mapearam e modificaram o curso da história.
Em contrapartida, a teoria naturalista propõe que a época faz a pessoa, ou ao menos possibilita o reconhecimento daquilo que um indivíduo tem a dizer. É inegável que determinados sujeitos produziram mudanças que alteraram drasticamente o curso da história. No entanto, a aceitação de uma descoberta pode ser limitada pelo padrão dominante (Zeitgeist) de pensamento de uma cultura, região ou época.
No âmbito da ciência, o Zeitgeist pode ter um efeito inibidor ou retardador sobre os métodos de investigação e as formulações teóricas. A ênfase em tais padrões de comportamento não nega a importância das grandes figuras revolucionárias, contudo, ela nos impõe considera-los numa perspectiva diferente. Assim, embora a evolução da psicologia deva ser analisada em termos de ambas as concepções, a segunda parece ter um papel mais importante.
Não obstante, o sexto tópico aborda os marcos do desenvolvimento da psicologia moderna, obtidos através da evolução das escolas de pensamento científico. Essas escolas configuram um estágio inicial no desenvolvimento da ciência e oferecem os instrumentos, métodos e esquemas conceituais utilizados para acumular e organizar um corpo científico. O estágio final, mais avançado, é alcançado quando a maioria dos membros dessa disciplina chega a um consenso acerca de questões metodológicas e teorias. Entretanto, a psicologia ainda não atingiu tal patamar.
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