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RESENHA REFERENTE AO LIVRO ‘’AS CIDADES INVISÍVEIS’’ DE ÍTALO CALVINO

Por:   •  12/7/2018  •  Resenha  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  603 Visualizações

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RESENHA REFERENTE AO LIVRO ‘’AS CIDADES INVISÍVEIS’’ DE ITALO CALVINO.

A obra

As Cidades Invisíveis foi publicada em 1972, quando Calvino tinha 49 anos de idade. Nesse ponto da vida Calvino já era grande influência com Realismo Mágico, na América. As Cidades Invisíveis extrapola com uma linguagem muitas vezes de fábula, mas que é o que precisa para uma reflexão e imaginação de casa cidade não vista ou sentida pelo Imperador.

Sobre o autor

Ítalo Calvino nasceu em Santiago de las Vegas, Cuba, no dia 15 de outubro do ano de 1923. Foi considerado um dos autores mais influentes da Itália, no século XX. Calvino nasceu em Cuba, porém sua família mudou-se para a Itália pouco depois.

Formou-se no curso de Letras e era parte da resistência anti-facista na Segunda Guerra. Logo fez parte do Partido Comunista da Itália até 1956. Saiu do partido um ano depois, onde deixou uma carta que ficou famosa.

Ítalo faleceu no dia 19 de setembro de 1923, em Siena.

O conto de Marco Polo

As cidades invisíveis, livro de Italo Calvino, importante escritor da segunda metade do séculos XX, conta a história de Marco Polo que era um famoso mercador e viajante veneziano. Nela, Marco descreve cidades de império de Kublai Khan, grande conquistador mongol que tinha tão grande império, Cambaluc, que quase não o conhecia. Marco permaneceu em Cambaluc por 17 anos. Lá ele passou os anos desempenhando funções diplomáticas e importantes para Kublai Khan. A narrativa de Marco Polo para Kublan não é como um real livro de geografia, tão pouco um de história, mas as cidades são ditas como as mais complexas e, talvez, charmosas da existência. A forma que Marco fala nos faz perguntar se Kublai estaria mesmo acreditando em tais palavras, pois são muito imaginativas, metafóricas. E Kublai descobriu isso, mas achou suas histórias e metáforas envolventes e contunuou ouvindo Polo.

Marco indica 55 cidades por onde, supostamente, passou e sentiu cada uma. O curioso é que as cidades têm nomes de mulheres e são divididas em tópicos. As cidades e a Memória, As Cidades e o Desejo, As cidades e o Símbolo, As Cidades Delgadas, As Cidades e a Troca, As cidades e os olhos, As Cidades e o Nome, Cidades e os Mortos, A Cidade e o céu, As Cidades Contínuas, As Cidades Ocultas.

São narradas de forma muito bela, com ás vezes, poucos detalhes que ninguém vê. Percebe-se a influencia do Mil e uma Noites. É uma leitura bem imaginativa. As cidades têm nomes de mulheres, e cada cidade desperta sentimentos em Marco Polo, alguns bons sentimentos, outras nem tanto. Despertam lembranças e criam novas.

As Cidades Invisíveis são metaforicamente criadas para mostrar nossas construções mentais e nossa busca por adjetivos, significados.

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RESENHA REFERENTE AO TÓPICO ‘’AS CIDADES DOS MORTOS’’ DO LIVRO ‘’AS CIDADES INVISÍVEIS’’.

Ciclos

Melânia

Ciclo e fim de ciclo. Essas cidades têm como questão os ciclos “inescapáveis” do planeta e das nossas cidades civilizadas, e sobretudo a busca do sentido que os move.

Melânia, cidade de diálogo, como diz, sempre a continuação do mesmo dialogo, o tempo nem o espaço. Nesta Marco nos direciona à alguns personagens. Um soldado e um parasita, um jovem esbanjador e uma meretriz, um pai avarento e sua amorosa filha. Com o tempo, o parasita, a alcoviteira e o pai morrem e os outros três ficam em seus lugares. O hipócrita, a confidente e o astrólogo. O mesmo diálogo, dialogadores diferentes. Assim é por toda a cidade, alguns com dois ou três papeis a mais e com o passar do tempo os diálogos criam as intrigas e já não serão mais os mesmos.

Adelma

A cidade do medo que Marco descreve sentir, pois ela o traz más lembranças de quem já está morto. Ao ver um cidadão de Adelma com olhos amarelados e encolhido no chão, lembra-se de seu pai que tinha os mesmos olhos pouco antes de morrer. Se dentre cidades e mais cidades dos sonhos Adelma o faz sentir medo ever a morte, então ele tinha medo do sonhos. Adelma era muito real; os vivos que ali habitam lembram a morte, infelicidade.

Eusábia

Para Marco não existia cidade mais disposta a aproveitar a vida e evitar aflições do que Eusábia. Para ele era diferente das anteriores cidades dos mortos. Ela é como se fosse duas cidades, Eusábia dos mortos e Eusábia dos vivos. Os vivos dão lugares para que os mortos possam descansar, como a necrópole. A dos vivos dedica-se àdos mortos, pois todos querem um bom lugar para descansar seus corpos sem vida, assim, a Eusábia dos vivos foi deixando de ser reconhecida. Os mortos construíram a Eusábia dos vivos semelhante à sua. Nas cidades agora gêmeas não se sabe dizem quem são os vivos e quem são os mortos.

Argia

Essa é narrada como uma cidade de terra. Pouco ou quase nada se sabe dos habitantes da cidade aterrada, se é que haviam habitantes. De cima do império nada se via em Argia a não ser terra e pedras do lugar deserto. Seria Argia como a primeira cidade dos mortos que veio com a necessidade de ser criado um lugar para os corpos e restos ou apenas uma futura cidade dos vivos e depois retornará ao pó?

Laudômia

Diferente das outras cidades que apresentam duas faces, LAudômia apresenta três. Não mais só a dos mortos e a dos vivos (ou mortos-vivos), mas agora também a cidade dos não-nascidos.

Quanto mais a Laudômia dos vivos é povoada, mais túmulos tem de ser construídos na Laudâmia dos mortos. Ela também já confere os buracos sem vida dos que ainda não nasceram. Nada impede de visualiza-los ali esticados antes mesmo de conhecerem qualquer coisa. Nesse planejamento, Laudâmia é um ciclo que não parece ter fim, mas até mesmo ela voltará ao pó, tudo passará. Qual das Laudâmia recebe mais angustia?

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