RESUMO DO LIVRO “O QUE É EXISTENCIALISMO”- AUTOR JOÃO DA PENHA
Por: CassiaLace • 27/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.632 Palavras (7 Páginas) • 445 Visualizações
RESUMO DO LIVRO “O QUE É EXISTENCIALISMO”- AUTOR JOÃO DA PENHA
O existencialismo surgiu logo após o término da Segunda Guerra Mundial, com a Europa destruída sendo adotado não só como uma doutrina filosófica, mas também como um estilo de vida. Com um comportamento incomum, amoral e aversivo ao que eram as normas, se tornou uma postura existencial.
Na época o existencialismo era visto como tudo o que faziam as pessoas se desviassem, que desrespeitassem as regras e o certo e o errado. Jean Beaufret relata que a palavra existencialismo lembra existência e que seu sufixo indica tratar-se de uma doutrina. A existência evoca a sua contraparte, que é a essência. O existencialismo é uma doutrina filosófica que o foco de sua reflexão está na existência humana nos aspectos particular, concreto e individual.
O existencialismo moderno surgiu na França embora sem a mesma força de quando surgiu, mas ainda continua a sua trajetória.
KIERKEGAARD
Opõe-se a Hegel dizendo que o indivíduo tem conhecimento maior de sua própria realidade, sendo essa a de seu único interesse. Ele não pode ser uma manifestação de ideias, excluindo sua forma de existência concreta. Somente pela subjetividade pode-se alcançar a verdade.
O homem é singular e apenas ele tem consciência da sua singularidade. Para Kierkegaard, o homem é espírito, síntese de finito e infinito, temporal e eterno, liberdade e necessidade. Ele atribui o significado de espírito para o eu que não estabele relação com nada que lhe é alheio. O processo de existência do homem está em três estágios: o estético, ético e religioso.
HUSSERL
Criador do método fenomenológico se inspira nas diferenças entre os fenômenos físicos e psíquicos. Seu objetivo foi tornar a filosofia como a ciência universal. O seu ponto de partida são as críticas dirigidas às teorias científicas. A noção de intencionalidade é o conceito fundamental na Fenomenologia, pois seu conceito origina uma nova relação do sujeito com o objeto. Para Husserl não há separação entre essência e aparência e as ideias existem apenas porque são ideias de algo. Ele propõe que o individuo suspenda totalmente o juízo sobre os objetos que o cercam a fim de captar a essência das coisas e atingindo a realidade exatamente como ela é.
Epoquê: estado de repouso mental através do qual nada afirmou nem negamos. Posteriormente Husserl usa ainda dois termos que são noesis e noema, significando respectivamente o pensamento e o objeto desse pensamento.
HEIDEGGER
Repudiava o nome existencialista diferenciando o existencialismo de analítica existencial. Ele dizia que há uma questão do ser não resolvida, sendo esquecida, mas deve voltar conforme o sentido do Ser se coincide com o Ocidente. Heidegger não busca a definição do ser, mas dedica-se a buscar o sentido do ser.
O Ser é a mais abstrata de todas as ideias, porém difícil de ser totalmente esclarecida. Seu significado é variado, por isso a tradição filosófica denominou que o ser é algo indefinível. Visto que não há o que se discutir se não há definição do ser.
Heidegger afirma que o Ser é aquilo que az com que o mundo seja e que apareça ao homem. E dessa maneira, investiga a razão de tudo o que existe.
Dasein: o ser-aí, algum ser que está localizado no tempo e espaço.
Ente: é o ser singular e concreto.
Heidegger buscou uma linguagem mais particular em sua filosofia, centrado em investigar as raízes da linguagem, explorando profundamente a língua alemã.
Para este filósofo o homem apenas se totaliza através da sua morte. Ele foge desta angustia, porém apenas nela que o Dasein pode encontrar a sua plenitude. E nessa angústia que o homem admite a sua existência.
Dasein: ser-para-a-morte.
SARTRE
Influenciado por Heidegger, criou uma obra que define mais precisamente as suas ideias, chamada de “O Ser e o Nada” e posteriormente criou “O Existencialismo é um Humanismo” em que descreve as suas ideias e responde as críticas.
Este filósofo define o homem pela ação. Para ele o importante não é o se é, mas o que se faz, pois os nossos atos nos definem. Sartre diz que tudo é lícito, e como consequência o homem está abandonado porque a possibilidade de achar-se não está em si nem fora de si (alusão a Deus).
Então o homem está condenado a ser livre. O homem é um ser finito, pois ele é marcado pela morte e tem que buscar um sentido para sua existência. A existência precede a essência porque só ele é livre. A essência do homem não se pode garantir e a natureza particular do homem é o seu poder de criar a si mesmo. Sartre diz que nós somos nossa escolha, somos aquilo que fazemos o que fazem de nós.
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