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Relatório de obsrvação

Por:   •  23/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.044 Palavras (9 Páginas)  •  250 Visualizações

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Temas desenvolvidos

Iniciamos nosso estágio com a escolha do tema “A reação do adulto diante do comportamento da criança”, e no final do mês de Abril optamos por alterar nosso tema para “O comportamento das pessoas no trânsito”. Mas entre estes tivemos temas opcionais de acordo com datas comemorativas, como por exemplo, Carnaval e a Páscoa.

Desenvolvimento do processo de observação.
             (Aprendizagem acerca dos temas, desafios vivenciados).

Na aula em que foi decidido o tema e passado as coordenadas referentes aos estágios, algumas integrantes sentiram-se inseguras, talvez por ser algo “novo”. Todos os dias observamos o nosso cotidiano, as pessoas a nossa volta, mas o observar, raramente é intencional, então essa insegurança foi referente a como e o que vamos observar, o que é necessário registrar, entre outras questões.

Inicialmente, nosso grupo era composto por seis pessoas, mas infelizmente uma das integrantes teve que deixar nosso grupo, pois foi transferida para a turma da manhã.

Decidimos nos encontrar semanalmente, cerca de 2 horas antes de a aula começar, para juntas fazermos nossas observações em lugares alternados na região de Pinheiros. No primeiro encontro, não conseguimos nos encontrar, portanto formaram-se duas duplas e as demais fizeram suas observações individualmente.

Então duas integrantes foram ao Parque Vila-Lobos. A escolha do local foi relacionada ao tema, deveríamos frequentar um local onde há crianças e ao chegar no parque elas sentiram um desconforto pois não havia tantas crianças como imaginavam, e ali elas conversaram sobre a mudança das situações, sendo que hoje em dia são raros os momentos de as crianças terem contato com a natureza e lazer em local aberto. Muitos pais preferem deixá-los em casa com acesso a toda tecnologia, então elas começaram a andar pelo parque, e ali tiveram sua primeira observação: pais fazendo foto com uma criança de mais ou menos um ano de idade, obsevaram por um tempo e posteriormente, foram até o local dos brinquedos, e concluíram por lá suas observações. Notaram que as características principais eram de que os adultos estavam sempre querendo entreter as crianças e sempre preocupados em fotografar aquela situação.

Outra dupla se reuniu na região de Taboão da Serra. Uma das meninas da dupla observou que sempre havia uma circunstância envolvendo birra. Já a outra observou que havia um pequeno desfalque na integração familiar, ou seja, ou estava presente o pai, ou a mãe, mas nunca ambos ao mesmo tempo e os presentes não interagiam com as crianças, apenas vigiavam.

A primeira semana de observação foi difícil por ser uma nova experiência, conversávamos sobre o que estava acontecendo, e ainda no decorrer das primeiras semanas algumas integrantes se pegavam um tanto quanto perdidas no que observar, pois sempre reparavam mais na atitude da criança, então sozinhas ou até mesmo com a ajuda de demais integrantes, paravam, refletiam sobre a situação e voltavam a observar o proposto no tema. E aos poucos fomos desenvolvendo a técnica da observação, o mais difícil era ver situações em que julgávamos desnecessário acontecer, ou que não era daquela forma, e nos pegarmos envolvidas psicologicamente e sentimentalmente na observação. Notamos o quanto é difícil nos distanciar dos acontecimentos ou ter um olhar frio sobre eles, e com o passar das observações, tínhamos o desafio de vencer isso, de nos envolver o quanto menos, ou de deixar de ser influenciadas pelo que observamos.

No início buscávamos algo “extraordinário ou absurdo” para observar e fomos percebendo que em pequenos detalhes podem acontecer grandes experiências, muitas vezes julgamos errado uma situação, e se paramos para entender o contexto podemos ser transformadas.

Para todas foi um tanto quanto difícil nos encontrarmos conforme combinamos inicialmente, devido a carga horária de cada uma, compromissos pessoais, entre outros, mas procurávamos estar sempre em dupla ou trio.

Entre nós conseguimos ver as diferenças, como por exemplo, as duas observadoras do parque Vila Lobos, se deram super bem, é como se elas, conseguissem observar muitas coisas em comum, e conversaram sobre após a observação, mas pudemos ver que em contato com outras observadoras, nem todas eram assim, uma delas até se sentiu um pouco influenciada sobre um comentário feito por uma integrante durante uma observação. Pudemos perceber o quanto somos diferentes, e o quanto podemos aprender umas com as outras.

Com a mudança da nossa temática para o comportamento das pessoas em trânsito, duas das integrantes do grupo realizaram suas observações, no centro de São Paulo, sendo uma na praça da Sé e a outra na região da Vinte e Cinco de Março, onde há um trânsito diferenciado de pessoas. Estes corriam de uma lado para o outro, carros no meio das pessoas na ruas, inclusive dos camelôs que trabalham naquele local, policiais a todo momento observando, e o que mais chamou atenção foram os moradores de rua, concentrados em grande escala.

Realmente é impressionante  a quantidade de pessoas em um mesmo local, com uma diversidade enorme de etnias, como podemos notar o Brasil é um pais diversificado, em costumes, hábitos, valores.

Outra intregrante do grupo realizou a observação nas avenidas do bairro de Osasco e notou que no horário da manhã, a maioria dos motoristas usavam óculos escuros, mas poucos usavam o quebra sol do carro, e neste horário há muita claridade, aumentando os reflexos na direção do motorista. Nesta avenida há uma escola e não há faróis para os pedestres. Há uma comunidade com muitas crianças que frequentam a escola, então a observadora percebeu que 85% dos motoristas paravam para as crianças e pais atravessarem.

Já, no período noturno, as pessoas estavam mais alvoroçadas, estressadas, cansadas, com pressa de chegar em casa, não dando mais aquela importância para o pedestre, é como se estivessem somente eles nas ruas; os motoqueiros passavam buzinando como se os motoristas não os estivessem vendo pelo retrovisor ou até mesmo ouvindo o barulho da moto, considerando que estes também poderiam estar com pressa e querendo espaço para passar pelo corredor. As pessoas no período de retorno das suas casas são completamente diferentes nas atitudes comparado a ida, quando acabam de acordar.

         Em todas as observações realizadas constatamos impressões em comum, vivenciamos dificuldades e facilidades semelhantes. Entre as impressões em comum constatamos tristemente que a falta de comunicação entre as pessoas, em todos os temas abordados é grande e que o uso de celulares tem contribuindo muito para isso, entre as dificuldades. Inicialmente ficamos sem saber o que observar mais depois de um tempo que estávamos com o primeiro tema, sentimos um barreira que foi dissolvida através de nossas conversas e também com a decisão de mudança de tema, entre as facilidades, descobrimos que nossa troca de experiências poderia e deu muito suporte para nossas mudanças de perspectiva referente a observação realizada na semana.

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