Relatório 02 - Cracolândia, Praça Bom Jesus - Páscoa.
Por: matheusFSantos • 13/4/2016 • Trabalho acadêmico • 815 Palavras (4 Páginas) • 431 Visualizações
Relatório 02 - Cracolândia, Praça Bom Jesus - Páscoa.
Objetivo: Explicar qual é o verdadeiro sentido da Páscoa Cristã e logo depois entregar alguns bombons.
São Paulo, 26 de março de 2016
Hoje a esperiência não foi em nenhuma associação, mas sim naquelas que realmente necessitam das nossas ajudas, a Fábrica de Sorrisos hoje visitou a praça Bom Jesus, que é paralela à cracolândia em São Paulo.
Antes de chegarmos no local, atravessamos a cracolândia.
Horripilante, talvez essa seria umas das palavras para poder completar a impressão que tivemos naquele lugar. É um outro mundo, parecia que eu passei no meio de um mundo de zumbies! Alí tinha pessoas de todas as idades, de todas as classes que se entregaram as drogas. Elas ficam ali isoladas, por uma fita que a Polícia Militar e a Guarda Civil de São Paulo colocaram ali, quem ousasse atravessar aquela faixa era posto como um lixo que escapou da lixeira e que voltou direto pro seu "lugar".
Assim que eu e a equipe da Fábrica de Sorrisos atravessamos a fita de isolamento para atravessar no meio deles, eu vi, ao meu redor, 5 pessoas usando crack como seu alimento. Incrível, foram só dois passos depois do cordão de isolamento e já tinha cinco pessoas entregues à droga. Logo que chegamos na praça para caracterizar os nossos personagens, uma criança, magra, com as roupas sujas e rasgadas dentres amarelos e mãos calejadas, veio até à mim me perguntando se era eu que iria entregar os chocolates para as crianças, eu respondi que sim, e ele me perguntou se eu podia adiantar um chocolate para ele por que ele estava com muita fome, aquilo me chocou!
Na hora que a Dra. Esperança (Luci Alves, organizadora e criadora da Fábrica de sorrisos), começou com as brincadeiras as crianças pareciam meio tímidas, e ali ela fez uma pergunta que me deixou muito entristecido. Ao comprimentar as crianças com um boa tarde bem alegre, a Dra esperança não teve o retorno com vigor, coisa que é normal de uma criança, e então brincou " Misericórdia, vocês não comeram hoje não ? " esse retorno que geralmente costuma ser com pouco vigor, foi diferente, as crianças gritaram longamente um " NÃO " para que a " Dra. Esperança pudesse olhar para cada uma dessas que criança que estavam lá. Um choque de realidade que me pegou de surpresa e me fez chorar.
As crianças de um até dois anos e meio, pareciam meio timídas e não se envolviam muito, foi aí que a Dra. Esperança, que ja fez três anos de psicologia, pediu para que os palhaços sentassem ao lado das crianças. O ambiente ficou bem melhor. Lembrei-me da aula de APS em quem o professor Edisson, na ultima aula dele dessa semana, nos falou que as brincadeiras são simplesmente formas de passar mensagens, e então eu comecei a me perguntar: Qual mensagem eu vim passar?
Além de expor o sentido da páscoa cristã, a equipe inteira foi lá de coração aberto e cheio de amor, para passar para dar aquelas crianças, com um gesto muito simples, um pouquinho de amor. Portanto seria essa a mensagem que eu fui passar, mas aí a dúvida ficou mais incomodante ainda ao me perguntar qual mensagem as crianças queriam me passar. Aí que eu tentei me pôr no lugar delas. Então perguntas começaram a surgir, O que será que elas necessitam ? O que eu tentaria me passar?
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