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Relatório Referente ao Estágio Básico V em Avaliação e Diagnóstico Psicológico no NASF

Por:   •  2/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.408 Palavras (10 Páginas)  •  281 Visualizações

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS – FIP 

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA 

 

 

 

 

 

Relatório Referente ao Estágio Básico V em Avaliação e Diagnóstico Psicológico no NASF

 

 

 

 

 

 

 

 

Amanda Nunes do Nascimento 

Pâmela Alves Monteiro

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

Patos - PB 

Outubro, 2017

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS – FIP 

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA 

 

 

 

 

 

Relatório Referente ao Estágio Básico V em Avaliação e Diagnóstico Psicológico no NASF

 

 

 

 

Trabalho apresentado ao Profª Yordan Bezerra Gouveia, feito por: Amanda Nunes do Nascimento e Pâmela Alves Monteiro, como requisito para a obtenção da nota do primeiro e segundo estágio da disciplina Estágio Básico V.

 

 

 

 

 

 

Patos - PB 

Outubro, 2017

1. Fundamentação Teórica

1.1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

Criado pela portaria 154/GM de 24 de Janeiro de 2008, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), tem como principal objetivo aumentar a capacidade de estratégias que visem a Saúde da Família (ESF), respondendo às demandas da população de acordo com cada território aonde está delimitada a equipe (Oliveira, Rocha & Cutolo, 2012).

Segundo Perrella (2015), para a execução de suas diretrizes, o NASF se sustenta, principalmente, em três propostas articuladas de trabalho: o apoio matricial, a clínica ampliada e o projeto terapêutico singular.

A primeira proposta consiste na integração do núcleo apoiador à equipe de referência. A segunda uma abertura da clínica, sendo esta entendida como um exercício ético-político, independente do âmbito em que se realiza. A terceira proposta é o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que consiste em um conjunto de ações terapêuticas articuladas, destinadas a um sujeito individual ou coletivo, construído a partir de uma discussão de equipe, podendo esta ser apoiada pela equipe NASF (Perrella, 2015).

Segundo Oliveira, Rocha & Cutolo (2012) o sistema do NASF é baseado em princípios de integridade e interdisciplinaridade, sendo diferenciado pelos outros programas já implantados pelo fato de trabalhar com a proposta de clínica ampliada. Sendo composto por profissionais de diversas áreas, dentre elas: fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, educação física e psicologia.

Para os psicólogos, pela sua recente inserção no campo da saúde (década de 90), ainda há uma certa confusão em relação ao papel que deve ser executado dentro desse setor, o que muitas vezes resulta em um certo desconhecimento das possibilidades de atuação. Essencialmente, a atuação desse profissional na atenção básica se caracteriza pelo desenvolvimento de um trabalho da equipe de saúde e com a comunidade através do modelo da vigilância da saúde, focando, sobretudo, ações de promoção à saúde e trabalhando também com prevenção e atenção curativa (Bondi e Crepaldi, 2010).

Segundo Bondi e Crepaldi (2010) estudos sobre a caracterização da atuação do psicólogo, no contexto da atenção primária no Brasil, mostram, de forma geral, uma atuação que não atende as demandas da saúde coletiva em função da transposição do modelo clínico tradicional sem a necessária contextualização que esse cenário requer. Sendo assim, os profissionais de Psicologia enfrentam o grande desafio de redimensionamento de suas práticas. A necessidade é de complementação e de superação da formação acadêmica no sentido de uma efetiva flexibilização das tecnologias para o desenvolvimento de práticas psicológicas condizentes com esse contexto de atuação a fim de se lidar com uma realidade desafiadora e complexa.

Por fim, vale ressaltar que os serviços de saúde têm mostrado pouca capacidade  de resolutividade frente às necessidades que são apresentadas pelo indivíduo. Apresentam dificuldades no que diz respeito à ter acesso a população, fragilidade na criação de vínculos, bem como uma prática marcada pela frieza dos profissionais, o que resulta em pouca participação da população. É importante lembrar que, quando se fala em cuidado, refere-se ao vínculo que perpassa a capacidade de ouvir o usuário e tratá-lo como um sujeito que possui desejos, crenças, para que a partir daí se possa acolher sua demanda (Bondi e Crepaldi, 2010).

2. Descrição da Queixa Principal

A entrevistada é a responsável pelos cuidados do paciente, R, de 18 anos, portador do transtorno de esquizofrenia, acompanhado pelo CAPS.

A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. Sua frequência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, havendo cerca de 40 casos novos para cada 100.000 habitantes por ano. No Brasil estima-se que há cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos; a cada ano cerca de 50.000 pessoas manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20-25 anos de idade, e na mulher, por volta dos 25-30 anos (Neto, 2010).

Segundo Oliveira, Facina e Siqueira. (2012) “A esquizofrenia é conhecida como uma das doenças psiquiátricas mais graves e desafiadoras. É definida como uma síndrome clínica complexa que compreende manifestações psicopatológicas variadas de pensamento, percepção, emoção, movimento e comportamento”. Tal transtorno pode afetar a vida biopsicossocial das pessoas que a vivenciam, bem como à dos seus cuidadores, podendo causar um alto nível de sofrimento psíquico.

O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente. Requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. O tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados antipsicóticos ou neurolépticos. Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas. A maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação ininterruptamente para não ter novas crises (Neto, 2010).

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