Fichamento Referente A: SCHWARTZ, Stuart B. E LOCKHART, James. "Maturidade Nas Índias Ocidentais: áreas Centrais.". IN: "A América Latina Na época Conolonial". Rio De Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, Pp. 155 - 216.
Trabalho Universitário: Fichamento Referente A: SCHWARTZ, Stuart B. E LOCKHART, James. "Maturidade Nas Índias Ocidentais: áreas Centrais.". IN: "A América Latina Na época Conolonial". Rio De Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, Pp. 155 - 216.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: caerooliinaa • 27/3/2015 • 736 Palavras (3 Páginas) • 5.495 Visualizações
O livro “A América Latina na época colonial” de autoria de Stuart B. Schwartz e James Lockhart, é, de acordo com vários críticos, uma das melhores sínteses da história da América Latina que nos ajuda a compreendê-la como é hoje. O capítulo “Maturidade nas Índias ocidentais espanholas: áreas centrais” em particular, trata de um período compreendido entre 1600 até 1750 – com algumas variações dependendo de uma pequena região para outra- entendido como um período de “relativa estabilidade e evolução lenta” (p. 155).
Neste capítulo os autores abordam questões que vão desde a configuração étnico-social, passando pelas variações econômicas do período, pelas crises dinásticas ocorridas na Espanha, a arte barroca, as características de governo, política e leis, a Igreja, suas ordens eclesiásticas e processo inquisitório, o comércio internacional de ouro e prata e até a vida intelectual do referente período. Mas, percebe-se, pela leitura do capítulo, que foram principalmente as formas de trabalho que ajudaram a delinear os contornos que essa sociedade viria a adquirir futuramente.
De acordo com os autores, inicialmente, na América Hispânica, todas as atividades econômicas ali desenvolvidas, desde as formas de trabalho exploradas, o que seria produzido e até os meios de comércio, eram voltados para o público espanhol, demonstrando pouco interesse nos modos ou na vida indígena. “O setor espanhol (...) era grande o bastante para aumentar consideravelmente a demanda de itens de consumo de estilo europeu (...) A economia europeia local e inter-regional cresceu, ficou mais diversificada e parcialmente fechada em si mesma (sem perder, de forma alguma, sua orientação básica para a exportação de prata). Esta foi a época da maturação das haciedas – forma mais hispanizada e mais baseada na agricultura do que as encomendas; bem como foi a época do florescimento dos obrajes – manufaturas ou oficinas que produziam tecidos, geralmente de estilo espanhol, para consumo local, usando tecnologia espanhola ou de influencia espanhola.” (p. 156) “ A economia local permaneceu secundária devido ao fato de que o objetivo principal de toda a atividade espanhola era conseguir prata. Não havia razão para aumentar a produção de carne ou trigo se os mamelucos, mulatos e índios hispanizados, que desejavam tais produtos, não podiam pagar por eles.” (p. 166)
Um fator importante também, para Schwartz e Lockhart, para compreender essa transformação que se deu de forma gradual e silenciosa é que, este período, foi o ápice da hierarquia étnica e que, na medida em que a sociedade foi se miscigenando e se tornando mais complexa , foram surgindo novos setores sociais intermediários e, por conseguinte, novas formas de trabalho foram sendo exploradas e acabaram por reconfigurar diversas estruturas dessas sociedade. “A expansão social e étnica (...) teve consequências econômicas de longo alcance (...) foi possível formar e pôr em funcionamento, á maneira espanhola, mais tipos de organizações econômicas do que antes.” (p. 166)
Além da mudança da encomienda para a hacienda que, segundo os autores é um marco do período maduro, temos também uma intensificação do trabalho nas mitas. Neste novo cenário, cada vez mais complexo em que uma atividade ou forma de trabalho se relacionava e complementava a outra, foram surgindo núcleos urbanos, para
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