Relatório de Behaviorismo
Por: Carolandreoli • 3/6/2016 • Relatório de pesquisa • 5.094 Palavras (21 Páginas) • 956 Visualizações
- Introdução
John B. Watson (1879-1958), fundador do behaviorismo defendia a hipótese da Psicologia ser definida como ciência do comportamento. Watson era contra utilizar os termos relacionados a consciência e a mente, portanto escreveu “Acredito que podemos compor uma psicologia, defini-la como Pillsbury, e jamais renunciar à nossa definição: nunca usar os termos consciência, estados mentais, mente, conteúdo, verificável introspectivamente imagens, e coisas parecidas” (WATSON, 1913, p.166). Segundo ele o comportamento resultava da atividade dos músculos e glândulas. John B. Watson se interessou pela descoberta do fisiólogo russo Ivan P. Pavlov (1849-1936), que havia descoberto um novo método de estudo, o reflexo condicionado. O primeiro trabalho de Pavlov tratou do condicionamento da resposta de salivar no cão. Quando uma sineta tocava, o cão recebia um pedaço de carne e, obviamente, salivava. Mais tarde, entretanto, o cão passou a salivar somente com o soar da sineta. O reflexo tinha sido condicionado e provocado pela apresentação de um novo estímulo, a campainha, anteriormente inadequada para a eliciação daquela resposta. Watson se referia a este processo de condicionamento como o caminho pelo qual muitos dos nossos condicionamentos iniciais teriam sido adquiridos.
A técnica experimental usada nos primeiros estudos do comportamento operante é considerada originária dos experimentos com animais de Edward Thorndike (1874-1949). Thorndike usou uma variedade de espécies em seus experimentos, mas apenas uma ilustração será suficiente. Um gato privado de alimento foi colocado em uma caixa-problema e deixado lá até que acidentalmente acionasse um mecanismo, como pressionar um pedal. Isto abria a porta da câmara, possibilitando ao animal escapar e comer um pedaço de alimento colocado fora. Era recolocado na caixa pelo experimentador, e fechava-se a porta. O procedimento era então repetido até que o animal tivesse aprendido a tarefa e abrisse a porta com facilidade. Thorndike observou a redução do tempo gasto em cada tentativa para sair da caixa. Notou também que apesar da diminuição do tempo geral para escapar da caixa nas tentativas sucessivas, havia irregularidades consideráveis entre os ensaios. Finalmente, quando o método de escapar se tornou rápido e regular, o problema foi considerado resolvido. Thorndike designou esse processo de solução como aprendizagem por “ensaio e erro”, isto é, a tarefa é cumprida através de tentativas repetidas e acertos acidentais. (LUNDIN 1977).
O behaviorista mais conhecido depois de Watson é B. F.Skinner (1904-1990), a principal preocupação de Skinner foi à explicação cientifica.
Para ele o caminho para tornar o behaviorismo uma ciência do comportamento era desenvolver termos e conceitos que permitiriam explicações verdadeiramente cientificas. Então deixou para trás o “Behaviorismo metodológico” e chamou sua própria teoria de “Behaviorismo Radical”.
Skinner desenvolveu uma técnica que se tornou o protótipo da atual análise experimental do comportamento. Usou um aparelho que consistiu numa câmara experimental (freqüentemente chamada Caixa de Skinner). Em uma das paredes situava-se uma alavanca ou barra que podia ser pressionada para baixo, com certa força, pelo animal. Debaixo da barra localizava-se o dispositivo de apresentação do alimento, no qual uma pelota de alimento era apresentada ao animal faminto, quando este emitia a resposta de pressionar a barra. Toda vez que a barra era pressionada, o alimentador era ativado, e a pelota caía. A Caixa de Skinner é muito utilizada nos laboratórios de analise experimental para observação e aprendizado dos alunos, a fim de mostrar o condicionamento com o animal.
No condicionamento operante, uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente. A resposta emitida pelo animal (pressionar a barra) produz uma alteração no ambiente que é o aparecimento da comida. “É uma forma de aprendizagem em que um estimulo neutro passa, após o emparelhamento, com um estimulo incondicionado a eliciar, uma resposta reflexa.” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p.46)
Reforço é um tipo de conseqüência que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer no futuro. Na técnica de Skinner o reforço seria quando o animal pressiona a barra o alimento imediatamente é oferecido. Portanto a conseqüência depende da resposta, como o animal recebeu a comida que era o que ele necessitava no momento para satisfazer suas necessidades fisiológicas, existe grande probabilidade da resposta voltar a acontecer.
Pode ocorrer um reforço negativo que ocorre quando não há um reforço positivo ou quando o reforço é retirado. (no caso da técnica de Skinner, uma das formas seria após o momento que o animal pressionasse a barra não ser oferecido o alimento).
Segundo Lundin (1977) na experimentação animal, é necessário algumas condições de privação, para que o alimento opere como reforçador. È necessário que o animal esteja a algumas horas privado do estimulo, como a comida, água, etc. para que na sessão o sujeito procure e queira aquele estimulo, se o sujeito já estiver saciado a experiência não ira obter muito sucesso. Em uma longa sessão, chega-se a um momento em que a freqüência da resposta cai porque o animal começa a ficar saciado, após essa saciação ele não ira mais desenvolver comportamentos para obter o alimento, e começara a desenvolver comportamentos instintos.
Há o processo de extinção, que acontece ao remover o reforço que influenciou a resposta e ocasiona a redução da freqüência da resposta. “É a suspensão de uma conseqüência reforçadora anteriormente produzida por um comportamento. Tem como efeito o retorno da freqüência do comportamento ao seu nível operante.” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 62)
No experimento é utilizada a modelagem “é uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo.” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 62). Através desta técnica foi ensinado um novo comportamento ao sujeito experimental (Rato), através de reforços quando o sujeito se aproximava da barra, assim modelando seu comportamento em direção a barra.
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