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Relações entre psicologia e pedagogia

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Por:   •  3/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.572 Palavras (19 Páginas)  •  600 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo refletir os desafios cotidianos de como a psicologia da Aprendizagem se articula com a Pedagogia.

O conhecimento advindo da psicologia é de grande importância para as ações que norteiam o processo educativo. Isso porque, a psicologia irá ter como principal objeto de análise o ser humano. E por tem um objeto tão dinâmico (o ser humano), as teorias psicológicas abordaram várias vertentes inerentes à natureza humana. A psicologia do desenvolvimento, por exemplo, evidencia as etapas/fases biológicas universais a todo ser humano, e como no decorrer dessas fases, o ambiente interage com as transformações físicas.

Nesse contexto, pode-se afirmar que as complexas interações biológicas, psicológicas e culturais são imprescindíveis para compreender as várias facetas da condição humana. Por oferecer os subsídios necessários para esse entendimento, a psicologia se relaciona dialeticamente com a educação, tendo em vista, que o homem objeto desta ciência e o mesmo da educação, entretanto, em outra vertente de análise – a do sujeito em aprendizagem.

A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece, para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes. Nas inúmeras interações em que envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as experiências que vivem.

A Psicologia da Aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela criança. Para que se possa entender esse processo é necessário reconhecer a natureza social da aprendizagem, o adulto ou a criança mais experiente fornece ajuda direta à criança, orientando-a e mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais, em situações interativas. Na interação adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada pela criança e o seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que planeja a sua ação. Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da criança, está integrada às suas operações intelectuais.

Reconhece-se, dessa maneira, que as pessoas, em especial as crianças, aprendem através de ações partilhadas mediadas pela linguagem e pela instrução, a interação entre adultos e crianças, e entre crianças, portanto, é fundamental na aprendizagem.

A Psicologia da Aprendizagem, aplicada à educação e ao ensino, busca mostrar como, através da interação entre professor e alunos, é possível a aquisição do saber e da cultura acumulados, sendo o papel do professor nesse processo fundamental, ele procura estruturar condições para ocorrência de interações professor-alunos-objeto de estudo, que levem à apropriação do conhecimento.

RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA E PEDAGOGIA

Na chamada escola tradicional, não havia a necessidade da psicologia porque tudo já estava definido e pronto. Os alunos tinham um modelo á seguir, eram moldados, seguia a ideia que o ser humano possuía uma natureza dupla, ou seja, uma parte boa e outra ruim e a educação tinha a função de aperfeiçoar as crianças para que desenvolvessem sua parte boa, pois o conhecimento era visto como o único capaz de dar forças ao homem para controlar sua parte má.

A concepção tradicional pensou a educação como um trabalho de desenraizamento do mal natural que caracterizava o ser humano. (O homem nascia dotado de uma natureza dupla: uma parte era corrompida pecado original) e outra era a considerada essencial, potencialmente boa e construtiva. Á educação cabia desenvolver a parte essencial da natureza humana, impedindo que a parte corrompida prosseguisse. (BOCK; 2003, p. 80).

Chega à escola nova - tempos coloniais, as crianças deixaram de ser vistas como más por natureza, e passaram a ter outra natureza dupla, agora tida com uma bondade inata, e que seria corrompida pelo meio, e era a tarefa da escola mantê-las puras, não existiriam regras, e segundo Bock (2003), era na bagunça que se veria o interesse em aprender.

A união à Psicologia foi necessária para que se pudesse entender o desenvolvimento humano e trabalhar com as crianças deste novo contexto, pois o trabalho dessa ciência seria oferecer respostas às questões necessárias sobre o novo modelo de educação que estava surgindo.

Compreende-se que o fracasso da educação se deu pela forma como essas duas ciências se articularam, pois deram bases a teorias que contribuíram para estigmatização da criança e do seu ensino, como afirma Bock (2003), foi uma cumplicidade que trouxe muitas conseqüências, pois a psicologia entrou em relação com a educação sem considerar o meio, tendo uma visão individualista do sujeito.

Surge então um novo momento, o período caracterizado pela conquista da psicologia como ciência autônoma, surge à necessidade de pesquisar áreas especificas da realidade. Com a modernização do país e o surgimento do novo homem, surge a necessidade da construção de uma nova nação, para atender ao novo modelo de sociedade vigente, e essa tarefa de construção desse novo sujeito vai novamente caber à educação.

CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO

A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais, ou seja, ela estuda o que motiva o comportamento humano, o que sustenta o que o finaliza, e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência.

A Psicologia encontra-se como uma das disciplinas que precisa ajudar o professor a desenvolver conhecimento e habilidades, além de competências, atitudes e valores que o possibilite ir construindo seus saberes – fazeres docentes, a partir das necessidades e desafios que o ensino, como prático social, lhes coloca no cotidiano. Dessa forma, poderá contribuir para que o professor desenvolva a capacidade de investigar a própria atividade, para a partir dela construir e transformar os seus saberes docentes, num processo contínuo de construção de sua identidade como professor.

Ao transmitir o conhecimento para os alunos o professor desempenhará também a função de formador da personalidade de seus alunos no processo ensino-aprendizagem, pois o aluno por sua vez é um sujeito ativo de seu processo de formação e desenvolvimento intelectual, afetivo

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