Resenha: A Primeira Entrevista
Por: Bruna Domingues • 8/3/2018 • Resenha • 802 Palavras (4 Páginas) • 962 Visualizações
Bruna Domingues Dionísio
Dra. Virgínia E. Suassuna Martins Costa
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
A Primeira Entrevista
Resenha do texto A Primeira Entrevista - Pinto, E. B. (2015) A Primeira Entrevista, In Frazão, L. M. & Fukumitsu, K, O. A clínica, a relação terapêutica e o manejo em Gestalt-terapia. São Paulo: Summus. O objetivo da resenha é propiciar um resumo crítico referente ao conteúdo colocado pelo autor, proporcionando uma reflexão e ponto de vista desta aluna sobre o tema.
Neste texto, o autor trás a reflexão sobre a importância da primeira entrevista e alguns passos fundamentais para que este processo tenha sucesso e embase todo o caminho da psicoterapia com o cliente, se este for o caso.
O autor começa sua reflexão com o objetivo da primeira entrevista que, segundo ele, é o momento que permitirá que terapeuta e cliente se conheçam e estabeleçam toda a dinâmica de funcionamento do processo terapêutico. Para isso, é importante ter a clareza de quando e como inicia e acontece esse processo. O processo da primeira entrevista começa a partir do momento em que o cliente decide buscar ou recebe uma indicação de psicoterapia. Percebe-se que isso acontece após já ter buscado ajuda em outros meios e não obteve sucesso. Após encontrar essa coragem necessária para se propor ao processo de psicoterapia, o cliente escolhe com quem se dará o processo, posteriormente entrará em contato com o terapeuta escolhido para o primeiro agendamento. Nesse contato telefônico, o autor trás a importância do terapeuta se atentar a aspectos importantes que podem contribuir para o processo terapêutico (como por exemplo: tom de voz, desenvoltura a fala ao telefone, entre outros aspectos). Além desses importantes aspectos, a partir do texto, percebe-se a importância de alguns cuidados necessários ao receber um cliente pela primeira vez. Dentre eles estão: tempo, na primeira entrevista é importante disponibilizar um tempo a mais que o habitual para possíveis necessidades; e cuidados do terapeuta com ele mesmo e com seu ambiente de trabalho.
O autor faz um convite a refletir também sobre a busca da postura de não procurar para poder encontrar; de esvaziar-se diante o novo cliente para realizar uma escuta efetiva e afetiva; da necessidade de o terapeuta refletir se o seu serviço e arsenal teórico serão úteis àquele cliente e ter clareza de que ele não é obrigado a atender essa pessoa em terapia, caso não tenha condições de firmar um compromisso que promete ser intenso e duradouro; a importância do terapeuta evitar a ansiedade em parecer bom ou competente, mas em estar presente; e de se perguntar se o cliente preciso mesmo de psicoterapia, conservando as questões éticas e verdadeiramente transparentes para com o cliente. Após ter esses cuidados, é trazido no texto a compreensão diagnóstica como outro passo importante, como tentativa de conhecer como conhece e como percebemos. Dentre a compreensão diagnóstica, percebem-se alguns pontos que parecem mais significativos: o psicólogo precisa ter sensibilidade e conhecimento suficiente para encaminhar seu cliente para outro profissional, caso seja necessário; observar e compreender o como, como é a dinâmica de funcionamento do cliente, tipo de lógica de orienta a sua fala, valores associações e ideias que são expostas; e a queixa que o cliente trás. Se a compreensão diagnóstica for bem-feita, permitirá uma estrutura importante para o caminhar da psicoterapia.
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