Resenha Entrevista: Patch Adams - Programa Roda Viva

Resenha entrevista:

Patch Adams - Programa Roda Viva

Patch Adams é um médico americano que uniu a vontade de ajudar as pessoas com a medicina. Buscando trazer para o ambiente hospitalar o riso, mas principalmente, a qualidade de vida aos pacientes e também para cuidadores e funcionários.

Patch nos conta um pouco sobre seu trabalho e seu objetivo em criar um hospital tão diferente. Seu objetivo principal é trazer a qualidade de vida aos pacientes, e não apenas prolongar a vida, objetivo principal da medicina.

Critica como a saúde é tratada, se diz um ativista politico e declara ter ficado constrangido com o filme que foi inspirado em sua história. Afirma que muitas coisas não foram fiéis e que o filme foca muito na comédia, mas não é bem isso que ele pretende fazer com seu trabalho. Seu trabalho está focado em levar o amor às pessoas em todos os lugares e a todo tempo. Não existe uma máscara entre o médico e o palhaço. Diz ser o mesmo onde quer que vá e seu objetivo e mostrar que fazer para se ter uma qualidade de vida, seja na saúde ou na doença, o que precisamos é apenas de pessoas que amamos e nos amam e de um ambiente leve e feliz.

Em seu hospital não se diz que usam a arte, música ou cultura como terapia e nem acredita que rir é o melhor remédio. Essa frase o incomoda, pois está diretamente ligada a ele e o mesmo nunca a usou. Todos os colaboradores em seu hospital devem ser alegres, divertidos, carinhos e criativos. É assim que se cria uma comunidade humana saudável.

Patch critica o governo mundial, e diz até mesmo ter vergonha de ser chamado de “médico americano”. Afirma que não existe em nenhuma parte do mundo um programa de saúde e sim programas de doenças. Também expressa clara crítica ao capitalismo envolvido no jornalismo e nos programas de televisão do mundo. Afirma que tudo seria diferente se nas escolas, além de conteúdo teórico, fosse ensinado sobre o amor. Por diversas vezes Patch afirma que a humanidade precisa focar mais no amor ao próximo e menos no dinheiro e poder.

O foco de seu trabalho, que não está expresso no filme, é de tratamento médico gratuito, e não apenas o riso e a “palhaçada” como uma terapia.

A visão de Adams sobre a saúde pública é algo presente em todo o mundo. Estamos sempre focados na cura e nem sempre no processo até lá e na qualidade de vida do paciente.

Precisamos rever nossos valores e, deixando a parte técnica um pouco de lado, olhar mais para o ser humano, passando amor e mostrando o que realmente importa.

Pacientes que recebem atenção e carinho tem uma maior chance de recuperação em comparação a pacientes que apenas são “tratados”.

"Quando vamos tornar o amor um valor?"

Patch Adams – O amor é contagioso - 1998