Resenha A constituição do Plano da Clínica e o Conceito de Trasndisciplinaridade.
Por: biancaserafini • 2/5/2017 • Trabalho acadêmico • 546 Palavras (3 Páginas) • 276 Visualizações
Bianca Serafini
A constituição do Plano da Clínica e o Conceito de Trasndisciplinaridade.
Para pensar a clínica transdisciplinar não devemos nos identificar com um nova técnica ou um novo modismo, temos que pensar em uma nova possibilidade de pensar o campo da clínica, levando em conta a potência que ela tem em criar e recriar.
A noção de campo, no âmbito da Psicologia, é introduzida pela escola alemã da Gestalt. Com Lewin, as noções de campo e estrutura gestáltica assumem um compromisso tecnológico, como um instrumento de modificação de comportamento. Lewin leva essas ideias para o EUA tentando superar a pré-cientificidade aristotética do conceito de classe.
Lewin então passa explicar que assim como o indivíduo e seu meio ambiente formam um campo psicológico, o grupo e seu ambiente formam um campo social.
A ideia de dinâmica consiste em referir o objeto ou sujeito ao sistema ou situação, isto é deveria se avaliar as forças impulsoras presentes no campo. Esse campo é dinâmico porque nele se distribuem valências diferenciadas.
Lewin também contribuiu dizendo que o pesquisador está incluído em seu campo de pesquisa.
Ele também diz que existe uma separação entre o indivíduo, o meio, entre o grupo, porém esses termos se relacionam, mas se mantêm enquanto unidades. A quebra dessas fronteiras fez com que se aproximamos mais um pouco do movimento referido do projeto.
Projeto pesquisa-ação inclui testemunhos, entrevistas, questionários, o pesquisador acaba se incluindo no campo que investiga e sua ação modifica o objeto estudado. O que podemos perceber é que Lewin, marcado certamente pelo fato de ter se tornado cidadão norte-americano, partilhando dos ideais dessa “democracia capitalista” que valorizava seus estudos em Psicologia Social, rompia com os ditames conservadores que regiam as ciências sociais da época (ao mostrar que o pesquisador era colhido em seu campo de investigação), mas ainda permanecia numa visão dicotomizante no que se refere à relação teoria-prática e à relação sujeito-objeto.
A partir dos anos 60 neste contexto que se atravessava clínica e política, pesquisa e ação, a palavra intervenção se junta a pesquisa, não para substituir a ação mas para produzir outra relação entre teoria e pratica. A análise institucional socionalitica, vai então formular a ideia de uma pesquisa intervenção que visava a interrogar os diversos sentidos cristalizados nas instituições. Lidava produzir evidências que visibilizassem o jogo de interesses e de poder encontrados no campo de investigação. Sua metodologia estava baseada, portanto, numa argüição que desmanchasse os territórios constituídos e convocasse a criação de outras instituições.
Os analisadores seriam acontecimentos, que produz ropturas, produzem analise, que se caracteriza por um processo de desnaturalização permanentes das instituições.
Na pesquisa-ação o objetivo é mudança de comportamento, já na pesquisa-intervenção são os movimentos, metamorfoses.
O sujeito e o objeto não são mais realidades dadas, se produzem por efeito das praticas, sendo teóricas ou não devem explicar as posições subjetivas e objetivas que se estabilizam como realidade, já não se pode mais admitir sujeitos determinando formas de conhecer objetos, nem objetos com suas bem marcadas linhas se dando a conhecer aos sujeitos.
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