Resenha Bibliografica
Artigo: Resenha Bibliografica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fmasm • 18/11/2013 • 866 Palavras (4 Páginas) • 399 Visualizações
RESENHA BIBL IOGRÁFICA
Safári de estratégia. Henry Mintzberg, Bruce
Ashlstrand & Joseph Lampel. Porto Alegre,
Bookland, 2000.
Edison de Oliveira Martins Filho*
Henry Mintzberg, um dos autores mais profícuos na área das ciências administrativas,
desde 1971 publica artigos e livros sobre o assunto. Alguns tornaramse
clássicos na literatura gerencial, entre os quais, The nature of managerial
work, The strategy process, The rise and fall of strategic planning, The structuring
of organizations e Power in and around organizations.
Neste novo livro, escrito em conjunto com Bruce Ahlstrand e Joseph
Lampel, Mintzberg apresenta uma taxonomia da literatura disponível na área
de administração estratégica. O livro pode ser encarado como uma grande
compilação. Compilação semelhante a esta já havia sido tentada por Mintzberg
em seu livro The structuring of organizations, quando propôs cinco grandes tipos
estruturais que comportavam a literatura sobre estrutura organizacional.
Aqui repete o procedimento. Mas, em vez de tipos estruturais, utiliza o conceito
de escolas de pensamento estratégico.
A compilação do livro utiliza a metáfora de um safári de estratégia, no
qual o leitor é convidado a entrar para encontrar um animal (elefante) do
qual temos apenas informações fragmentadas e, às vezes, incongruentes. O
propósito é tentar entender as diferentes facetas deste animal (administração
estratégica), a partir do princípio de que, para compreendê-lo, é necessário
entender suas diferentes partes tendo em mente que o animal real é muito
mais que o somatório de suas partes.
Segundo os autores, a literatura disponível sobre o pensamento estratégico
remonta aos escritos de Sun Tzu, com seu famoso compêndio de máximas mi-
* Doutorando em administração pela FGV e engenheiro da assessoria da Comissão Nacional de
Energia Nuclear/Instituto de Engenharia Nuclear.
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litares A arte da guerra, datado de cerca de 2500 a.C. Sun Tzu percebia que a
guerra, que era de vital importância para o Estado, exigia estudo e análise criteriosos.
Seus escritos foram uma tentativa de formular uma base racional de planejamento
para a execução de operações militares. Desde então, diversos autores
escreveram sobre estratégia utilizando diferentes abordagens do assunto.
A extensiva literatura já foi ordenada de diversas formas ao longo dos
anos. Entre elas, a que se apresenta mais promissora em permitir captar a
evolução do pensamento estratégico é a que categoriza a literatura em escolas
de pensamento. Esta categorização preconiza que é virtualmente impossível
entender de forma completa o fenômeno da formulação estratégica. O
pensamento estratégico pode, então, ser entendido por partes. A compreensão
do pensamento estratégico resultará, entretanto, diferente da soma das
partes analisadas individualmente.
Mintzberg, Ahlstrand e Lampel propõem que a revisão da literatura
existente conduz à emergência de 10 pontos de vista distintos, a maioria dos
quais se reflete na prática gerencial das organizações. Cada ponto de vista,
chamado de escola de pensamento estratégico, tem uma perspectiva única e
destaca um aspecto importante do processo de formulação estratégica.
Cada ponto de vista é, simultaneamente, estreito e exagerado, porém interessante
e criterioso. Estes pontos de vista, doravante referidos apenas como
escolas, estão relacionados no quadro abaixo, juntamente com o adjetivo que,
segundo Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, melhor parece captar a visão que cada
uma tem do processo de estratégia.
As escolas de pensamento estratégico
Natureza da escola/escola
Formulação de estratégia
como um processo
Escolas prescritivas
V Escola do design Conceptual
V Escola do planejamento Formal
V Escola do posicionamento Analítico
Escolas descritivas
V Escola empreendedora Visionário
V Escola cognitiva Mental
V Escola de aprendizado Emergente
V Escola do poder De negociação
V Escola cultural Coletivo
V Escola ambiental Reativo
Escola configurativa
V Escola de configuração Transformador
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O primeiro
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