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Resenha: Crescimento Sem Emprego

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Por:   •  11/12/2014  •  556 Palavras (3 Páginas)  •  982 Visualizações

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Os Estados Unidos se consolidaram como a maior economia do mundo, com o fim da 1ª guerra mundial, sendo um dos maiores produtores industriais e entrando num acelerado processo de desenvolvimento urbano-industrial. Nas condições em que se encontravam, os EUA tinham todos os motivos e razões pra acreditar que seu processo de desenvolvimento se estenderia por um longo período, como aconteceu nos anos dourados pós-guerra, os anos 20, o que nem os americanos, nem o resto do mundo esperava, era o caos econômico que estava por vir.

O crescimento americano foi intenso entre 1922 e 1926, com baixas faixas de desemprego. No entanto, a partir de 1927, o crescimento em que se encontrava a economia americana, é desacelerado e os salários permanecem estáveis, por conta da fuga de capital para a bolsa de valores, que tinham altas taxas de lucro e havia permanecido estável até 1924. Os fundos de investimento da época, os consórcios, eram responsáveis pela aceleração financeira e pelas engenhosas alavancagens econômicas. Todavia, esse boom especulativo, de crescimento e grande desenvolvimento teve fim na quinta feira negra, quando se deu o crash da bolsa de valores de Nova York. A partir daí, o mundo mergulha numa queda brusca da economia e vem a grande depressão, que se estendeu durante a década de 30. Como era de se esperar, o desemprego aumentou de forma intensa, os processos especulativos e as quedas dos níveis de atividade assolaram cada vez mais a economia mundial.

As crises no sistema financeiro não eram novidade, eram fenômenos antigos, mas a crise começada em 29 estendeu-se por um longo período e não seguia a lógica teórica das crises anteriores, além de não recuperar o equilíbrio de pleno emprego. Para diferenciar a grande depressão de 30 das outras crises financeiras, pode se contar com o teórico John Keynes. Para Keynes, uma das razões da não recuperação da economia é a magnitude do boom, que comporta a grande disponibilidade de recursos, vinda do descarte do crescimento do pleno emprego. Além disso, o teórico cita os bens de consumo duráveis, que por conta de suas características costumavam ser comprados a prazo e necessitavam de um sistema financeiro atuante e também da confiança de ambas as partes, que permanecerá instável durante a década de 30, assim os bens de consumo duráveis ficaram restritos ao mercado a vista. Estes chegaram a atingir uma queda de até 80%, se recuperando apenas no início da década de 40, o que prolongou e contribuiu para a crise. Keynes também apontou a emergência do desemprego tecnológico e o gasto público, que consistia em 10% do produto bruto americano, como fatores agravantes da depressão.

Em 1933, foi atingido o ponto mais crítico do colapso e começaram a ser feitas ações legislativas e uma série de programas, resultando o New Deal, que direcionou grande parte dos seus recursos para geração de empregos. Para Keynes, o New Deal era a direção correta. Se a demanda privada não garantia o pleno emprego, cabia ao estado, com o gasto público, suprir tal necessidade. Contudo, as ideias de Keynes não foram totalmente aceitas, e o governo americano adotou a ideia de um possível “descontrole” dos gastos públicos e retornou a busca do equilíbrio orçamentário, contendo os gastos e aumentando os impostos, que surtiu um breve efeito, mas a economia voltou a cair, o que causou a elevação do desemprego.

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