Resenha do artigo: “Emprego e ocupação própria nas regiões metropolitanas: uma análise sob a perspectiva keynesiana”
Por: Fellipe Oliveira • 29/10/2018 • Monografia • 1.039 Palavras (5 Páginas) • 287 Visualizações
Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba[pic 1]
Bacharelado em Sistemas de Informação
Disciplina: ADE190 – Introdução à Economia
Professora: Julienne de Jesus Andrade
Resenha do artigo: “Emprego e ocupação própria nas regiões metropolitanas: uma análise sob a perspectiva keynesiana”
Fellipe de Oliveira Silva - 2711 - T2
Rio Paranaíba - MG
2018
Resenha do Artigo: EMPREGO E OCUPAÇÃO PRÓPRIA NAS REGIÕES
METROPOLITANAS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA KEYNESIANA
Autores: Julienne de Jesus Andrade, Eduardo Giarola, Wander M. M. Ulhôa
O artigo busca explicar o crescimento do consumo e do emprego na economia brasileira a partir de 2003, tendo como principal ponto a perspectiva Keynesiana. Também é argumentado sobre a indução e o sustento do gasto privado, no qual a politica fiscal expansionista teve um papel fundamental, proporcionando deste modo níveis adequados da demanda efetiva. Outro ponto importante é o aumento do consumo por parte da população de baixa renda em regiões onde a atividade econômica é menos desenvolvida.
É importante destacar que a política fiscal pode ser uma boa influência na distribuição de renda e melhorar a necessidade de consumo. Com base nisto Keynes (1996, p. 114-118) destaca as maiores influencias que levam o indivíduo a aumentar seu nível de consumo, chegando por fim na conclusão de que o aumento do nível de consumo é um dos fatores determinante na quantidade de emprego e distribuição salarial. Seguindo isso o artigo menciona o aumento na necessidade de consumo entre os anos de 2004 e 2011, a qual se deve aos efeitos provocados pela politica de valorização do salário mínimo. Neste mesmo tópico é notado que a redução nas taxas de juro bem como o aumento nos níveis de atividade econômica contribuíram para o aumento do investimento privado após o ano de 2004. Entretanto nos anos antecessores, de 1995 a 2003 as taxas investimento publico demostraram baixo desempenho, o que se deve as grandes taxas de juro o que acabou por reduzir o retorno esperado do investimento.
Devido à falta de correlação entre o nível de investimento e o gasto publico o artigo denota que nos anos de 1995 a 2013 a politica fiscal não tinha relação alguma com o arcabouço Keynesiano, concluindo que naquele período a politica fiscal seguia conceitos opostos aos das proposições Keynesianas uma vez que reduziu o capital produtivo a favor do capital financeiro.
A política fiscal seguindo as perspectivas Keynesianas, afeta ativamente ambos os sistemas social e econômico tanto se tratando de gastos quanto se tratando de rendas. As propostas de Keynes pretendiam com a intervenção do estado, diminuir a desigualdade na distribuição de renda e riqueza. Neste mesmo tópico o artigo destaca a importância do sistema tributário ao tratar da distribuição de renda e riqueza, diz que além de diminuir essas desigualdades o sistema aumenta ajuda a expandir a necessidade de consumo, pois deste modo pode diminuir a tributação sobre os indivíduos de menor renda e poder de aquisição ao mesmo tempo em que aumentar para os indivíduos de maior renda.
Com todos os pontos anteriores levantados toma-se nota que a intervenção do estado e de suma importância em se tratando de assegurar a estabilidade do gasto, pois o estado influencia diretamente nas expectativas dos empresários, estes que por sua vez baseiam suas decisões de investimento baseando-se na taxa de retorno e nas taxas de juro. As alterações nos níveis de EMgK (eficiência marginal do capital) podem vir a diminuir a quantidade de emprego devido ao sua dependência de investimento. Deste modo nota-se a importância da intervenção do estado, o qual seria capaz de trazer mais estabilidade ao impedir mudanças súbitas nos níveis de investimento. A partir daí segue-se uma linha de raciocínio na qual se pondera sobre o real significado do dinheiro não como uma simples moeda de troca, mas também algo a ser reconhecido na preservação da riqueza.
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