Resenha: A teoria do Crescimento da Firma
Por: Caroline Chantre • 8/5/2018 • Resenha • 648 Palavras (3 Páginas) • 777 Visualizações
Resenha (Capítulo 1)
“A teoria do Crescimento da Firma” - Edith Penrose
Objetivo do Livro: Apresentar uma teoria do crescimento não de uma firma específica, mas sim analisar o crescimento geral das firmas e seus limites. Segundo Penrose, “(...) supondo-se que algumas firmas conseguem crescer, quais são os princípios que orientam o seu crescimento rapidamente e por quanto tempo elas conseguem crescer? Ou, (...) supondo-se que haja oportunidades de expansão dentro de uma economia, o que determina a espécie de firma capaz de tirar proveito delas, e até que ponto?”
Principais tópicos
a. O tamanho das firmas não é objeto de estudo, mas sim o crescimento: “Essa abordagem explicativa do tamanho das firmas será rejeitada (...), sob o argumento de que o tamanho não passa de um subproduto do processo de crescimento, e de que não há tamanhos de firmas ótimos ou lucrativos”.
b. Dificuldades da abordagem tradicional:A abordagem tradicional apresenta uma análise do crescimento em que o comportamento humano e, portanto, as decisões conscientes, não são consideradas como parte do processo de crescimento. Para Penrose, o crescimento das firmas está relacionado aos objetivos de grupos de pessoas e seus meios de atingi-los. - “Há muitas dificuldades nesse tipo de análise, com uma das mais sérias tendo sua origem no fato de as motivações humanas e as decisões conscientes não terem uma participação no processo de crescimento. Isso por si só, segundo acredito, já constitui razão suficiente para rejeitar essas teorias de crescimento das firmas”.
c. Limites do crescimento – a taxa máxima de crescimento das firmas: inicia-se na análise da expansão e limitação das firmas que advém de sua própria natureza. – “[...] forças inerentes à natureza das firmas, que simultaneamente criam as possibilidades, proporcionam os fatores indutores e limitam a taxa de expansão que elas podem empreender, ou até planejar a empreender, num dado intervalo de tempo”.
- O limite não é permanente e modifica-se no próprio processo de expansão: “[...]esse limite é, por sua natureza, temporário, e que, durante o próprio processo de expansão, ele está sujeito a retroceder, e que, após ter sido completado em qualquer plano de expansão, um novo desequilíbrio acaba sendo engendrado, e por causa dele a firma passa a ter novos estímulos para expandir-se, mesmo no caso em que todas as condições externas (inclusive as de oferta e procura) permanecem inalteradas”.
- A ênfase está nos recursos internos da firma, mas também no entorno dela, em que são observados os recursos herdados: “[...] dar-se-á ênfase aos recursos internos da firma – ou seja, aos serviços produtivos de que elas dispõem com base em seus próprios recursos [...]. A fim de concentrar nossa atenção no papel crucial dos recursos “herdados” por qualquer firma, o entorno dela é tratado [...] como uma “imagem no intelecto do empresário relativa às possibilidades e restrições com que se defronta”.
d. Ênfase inicial no processo interno: “A teoria do crescimento das firmas é inicialmente desenvolvida como uma teoria de seu crescimento interno – isto é, de um crescimento sem fusões e aquisições.” Quando se trata de diversificação, desenvolve-se uma análise das alterações na taxa de crescimento das firmas à medida que estas crescem, observando o impacto das condições externas e da cooperação entre firmas.
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