Resenha Crianças Invisíveis
Artigo: Resenha Crianças Invisíveis. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: FCFC • 8/11/2014 • 3.156 Palavras (13 Páginas) • 1.792 Visualizações
Resenha “Crianças Invisíveis”
O filme “Crianças Invisíveis” de 2005 é a junção de pequenas histórias em sete lugares do mundo, inclusive no Brasil, e foi um projeto que contou com o apoio do UNICEF, de sete diretores e sete realidades infanto-juvenis retratadas em histórias curtas, mas, todas com grande profundidade no que tange o mundo criança dos respectivos países. As crianças aqui retratadas pertencem a países distintos entre si, principalmente no que diz respeito à realidade socioeconômica, uma realidade miserável, onde os protagonistas vivem às margens da sociedade, convivendo com drogas, armas, famílias desestruturadas, sofrendo todo tipo de discriminação e exploração. Todos os diretores tiveram como objetivo mostrar como é falha a atuação da sociedade e das autoridades no que diz respeito à vida dessas crianças. É evidente que o descaso com a criança não se restringe somente a essas nações, este é um problema comum em praticamente todo o mundo. O filme começa na África, um grupo de garotos guerrilheiros em luta para defender suas terras. Mas mesmo diante desta realidade, mesmo com uma arma na mão, os garotos possuem sonhos, vontades e ídolos. Tanza tinha vontade de estar na escola, como outras crianças, estudar, ter um futuro, ter uma história diferente, mas, passou a infância trabalhando, lutando por uma causa, e no fim ele prefere descansar a passar o resto da vida, lutando contra uma causa que não o iria beneficiar em nada! Neste filme Tanza, é cada um por si e Deus por todos. Um filme escuro, mostrando a escuridão que vive aquelas crianças, jogadas em um mundo que se destrói diariamente, que prostitui e escraviza! Como seria mais simples se aquela perna estivesse machucada apenas por causa de uma partida de futebol com amigos e não por ter sido atingida por uma bala perdida durante a fuga da polícia. Os ciganos contam a história de menores infratores, mas foca principalmente as atitudes dos adultos. O menino esta prestes a ganhar a liberdade, mas não sabe se é isso realmente o que ele quer, quando lembra que tem um pai alcoólatra, violento, que explora crianças, e pode obrigá-lo a cometer roubos novamente. A violência do padrasto tem semelhança, como nas irregularidades, erros e problemas que eliminam a infância das crianças e as forçam a amadurecer antes da hora, ocasionando grandes sofrimentos e até mesmo traumas, por não terem a vida de uma criança normal. Oportunidade de uma vida melhor e de serem pessoas boas é o que as crianças (fictícias e reais) querem. Como seria bom se todas as crianças pudessem ter cicatrizes causadas por um simples tombo de árvore e não pela violência de uma garrafa quebrada na cabeça pelo seu próprio pai! Jesus Children of America, a protagonista da história é uma menina que sofre com a descriminação das colegas de escola por ter pais drogados e ser portadores do Vírus HIV, são relapsos em relação à saúde da filha, mas ao mesmo tempo mostra o amor por ela. No Brasil, a realidade é mostrada, através do cotidiano de dois irmãos, Bilu e João, moradores de uma favela, que para ajudar no sustento da família, realizam pequenos bicos recolhendo latas, papelão e outros objetos recicláveis. E que para se divertir, utilizavam-se da criatividade em projetar nos objetos de trabalho brinquedos, para ajudar a driblar as dificuldades como fome, falta de dinheiro, entre outros. Não perdem a esperança e não deixam de sonhar. Na Inglaterra, Jonathan, um fotógrafo adulto traumatizado pelos registros que fez das guerras, e em busca de alívio, volta a ser criança. É o único que parte de um adulto e que foge um pouco do propósito do filme, mas, por outro lado retrata a vida de crianças que precisam sobreviver em meio à guerra e aos ataques. Ciro, um garoto italiano da periferia, que com a ajuda de seu amigo, sobrevivia de assaltos às pessoas na rua. A intenção do diretor era passar a negligência dos adultos, que preocupados somente com as suas vidas, só se davam conta do tamanho do problema quando acabavam se tornando vítimas diretas. O curta gravado na China,
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