Resenha Critica

Resenha Crítica

Filme “Os Enjaulados”.

         Um professor largado, chamado Walmsley, devendo á varias pessoas, recebe uma proposta de emprego para lecionar em uma escola e substituir uma professora; no seu primeiro dia de aula um aluno o insulta e por ser enérgico com o aluno, ele é advertido pelo diretor da escola, dizendo até que peça desculpa ao aluno agressor.

         Numa instituição onde professores sem compromisso e desmotivados, alunos persseguidos e alunos desajustados que tem o controle da escola, ainda assim para piorar o quadro, professores que se sujeitam a tudo por um salário, fracassados e omissos por conta de uma administração sem conceito e organização.

         O professor tenta acertar, porem não há interesse por parte dos alunos e nem pelos professores, o absurdo é a professora que foi processada pelo aluno que a assediou e tentou abusar dela, inversão de valores total, alunos agressivos e o diretor omisso e conivente; porém ao longo do filme o diretor fica feliz ao saber que recebera uma quantia por seus alunos serem considerados os piores, e que são convidados á participar de um projeto de férias.

         Cansado e acreditando que seu experimento pudesse dar certo o professor leva os alunos para um acampamento bem afastado, aonde ele tranca os alunos em jaulas eletrizadas como bichos, os deixam desnudos, levando eles a perceberam que era o começo; e sim teriam que se comportar se não eles não sairiam dali vivos, no momento em que ele atira no aluno inteligente, ele mostra ao demais que não esta para brincadeiras ou eles fazem o que ele manda ou sofrerão consequências.

         Eles são condicionados a se comportar ou levam choques a todo tempo, e quando se comportam recebem água e comida (reforço positivo), o mais interessante que alguns alunos começaram a se dobrar e aceitar regras mais rápido que outros, todo condicionamento e feito intensamente dia e noite sem sessar, e ao passo que eles estudavam e aprendiam se sentiam mais motivados a apreender e já começavam a considerar o professor como amigo e não mais como repressor, se familiarizando com os estudos e a por incrível que pareça mesmo na condição de prisioneiros se sentiam agradecidos pelo cárcere, há um momento que se chama o professor de “Pai”; em que uma aluna fala para os outros que o professor, cuida mais dela que o próprio pai, que se preocupada ainda mais, não levando em conta, que está em cárcere privado.

         Passado vários dias eles começam a ser domesticados e o comportamento mais receptivo, quando aparece a professora que já há muitos dias esta a procura do professor, interessante que se pensa que ela vai liberta-los, porém ela vê ali a oportunidade de ensinar artes, pois era tudo o que idealizava no seu projeto de lecionar o que mais amava, e ela não perde tempo, continua com o experimento.

         Enfim chega o momento tão esperado em que o professor e a professora fingem que há uma explosão e a energia das jaulas é cortada e os alunos podem fugir, voltando para a sociedade em que viviam, eles descobrem que o que aconteceu com eles, apesar de ter sido ruim os tornaria famosos e também iria lhes render uma grana muito boa, tirando proveito do sofrimento que eles tinham vivido percebendo ali uma oportunidade de passar tudo o que eles viveram até então, mesmo longe das jaulas, eles ficaram condicionados e quando eles ouviram o sinal em que eles tomavam choques, eles já pulavam, pois o som os fazia temer o choque. A intenção do filme é demostrar os experimentos de (Analise Experimental do Comportamento), dentro de um contexto já idealizado por muitos, que já tiveram a mesma vontade e até já imaginaram em condicionar comportamentos que andam equivocados dentro e sobre educação que cada vez mais se desprende e se distancia do esperado para os adolescentes e jovens em sala de aula. Um filme que já em 1988 consegue relatar o caos em instituições que pouco conseguem realizar com entusiasmo dentro do ensino, na busca da aprendizagem, e justamente oferecer apoio aos jovens para que repensem suas atitudes, respeito e ao professor possa refletir sua prática da função de levantar questões de: moral, ética, comportamento, participação e cidadania, e o que é ou não permitido e permissivo entre a relação professor-aluno e aluno-professor, não podendo se abster a família de tal responsabilidade.