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Resenha Crítica do Filme Extraordinário

Por:   •  10/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  792 Palavras (4 Páginas)  •  2.447 Visualizações

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                                                        Multivix

                                                         2019/1

Aluna: Darla Cagliari Costa                             Matricula: 1510456

Docente: Vinícius Menegal                              Disciplina: Genética do comportamento

Curso: Psicologia – noturno

Resenha Crítica do filme Extraordinário

A história do filme Extraordinário retrata a vida de August Pullman (Auggie) que apresenta uma deformação facial causada por uma doença genética muito rara, e por conta disso teve que passar por 27 cirurgias faciais. Auggie, então, enfrenta um novo desafio em sua vida que é ir a escola pela primeira vez, sua mãe, que antes o ensinava em casa, visando à inclusão social de seu filho decidiu que já estava na hora de Auggie encarar essa realidade. Na escola, ele passa por muitas coisas, desde o isolamento ao desdém e podemos identificar o bullying sofrido pela criança enquanto ele tenta se adaptar ao novo ambiente. Enquanto o filme vai passando ele mostra o impacto da presença de Auggie para todos. Podemos ver claramente as lições que são tiradas e como podemos descontruir nosso pensamento perante uma pessoa que consideramos “diferente”. Como foi dito na aula do Professor Browne: “Seja gentil, pois cada pessoa que você encontra está travando uma grande batalha”.

Uma importante observação se dá ao aluno Julian Albans, que desde o início do filme demostrou repulsa pelo Auggie apenas por sua aparência, com isso ele foi o que mais praticou bullying com ele, tanto verbalmente (comparando-o com personagens monstruosos), como com desenhos em que dizia que o mesmo deveria estar morto.  Quando o diretor da escola ficou sabendo disso, chamou os pais de Julian para uma conversa, e os pais não deram importância para o ocorrido, disseram que era brincadeira, ou que Julian não havia feito o que fora acusado, por fim decidiram tirar ele da escola por não aceitar a punição de seu filho.

Alguns adultos, segundo Freire e col. (2006) e Voors (2006), julgam o bullying como brincadeiras infantis, que deverão ser superadas, ou que as crianças devem resolver por si mesmas, e que como 'brincadeiras' não acarretam nenhum dano; às vezes, consideram-no natural, necessário, sobretudo para os meninos.

Se é clara, para alguns, a distinção entre 'brincadeiras' e violência, deve-se lembrar que piadas contra pessoas com deficiência, imigrantes, negros, podem ser expressões do preconceito sutil, que é uma das formas da violência se manifestar (ver Meertens e Pettigrew, 1999). A esse respeito, é interessante a relação estabelecida entre bullying e preconceito, por Antunes e Zuin (2008) e por Grossi e Santos (2009), os primeiros indicando que esse último fenômeno é a base do primeiro, os últimos evidenciando a presença do preconceito na violência escolar.

Ao final do filme podemos observar que Auggie fez amigos, que demoraram em aceitá-lo, mas que começaram a ver o seu interior, como uma pessoa inteligente, engraçada, e não mais o julgaram pela aparência. O filme deixa claro que Auggie ainda passará por vários desafios, mas que pode vencê-los, o que mostra que a inclusão social de uma pessoa dá forças pra ela encarar as batalhas da vida, e se ele não tivesse ido à escola, ele estaria ainda isolado.

A crítica se dá pela forma como essa inclusão aconteceu, as praticas de bullying ainda são muito comuns nas escolas atualmente, e causa um atraso nas relações sociais de crianças, (principalmente as minorias), além de afetar o contexto educacional, prejudicar o desempenho dos alunos e causar danos psicológicos e físicos.

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