Resenha Crítica filme Alexandria (Agora)
Por: 88225535 • 16/3/2016 • Resenha • 813 Palavras (4 Páginas) • 3.663 Visualizações
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH
Curso de Psicologia – I Semestre
Disciplina Metodologia do Trabalho Acadêmico
Docente: Jana Maruska Buuda da Matta
Discente: Marina Rocha Freire
ALEXANDRIA, Direção: Alejandro Amenábar. Produção: Fernando Bovaira e Álvaro Augustin. Interpretes: Rachel Weisz; Max Minghella; Oscar Isaac; Michael Lonsdale; Ashraf Barhom; Sami Samir e outros. Roteiro: Alejandro Amenábar e Mateo Gil. Espanha: Telecinco Cinema, 2009. 1 DVD. 141 min.
ALEXANDRIA
O roteiro é um romance histórico baseado na biografia de Hipátia (Rachel Weisz), uma fílósofa que se destacou em meio aos conflitos religiosos na cidade de Alexandria, no Egito do fim do século IV d.C.
No final do século IV d.C. o império romano estava à beira de um colapso.
Mas Alexandria, na província do Egito ainda mantinha muito do seu esplendor. Ali ficava uma das sete maravilhas do mundo, o lendário farol, assim como a maior biblioteca da terra. A biblioteca não era apenas um símbolo cultural, mas também religioso, o lugar onde os pagãos adoravam os seus deuses ancestrais. Os cultos pagãos a muito estabelecidos na cidade, eram agora desafiados pela fé judaica e por uma religião recentemente banida que se espalhava rapidamente, o cristianismo.
O filme inicia com Hipátia, nossa principal personagem, dando aula sobre o movimento dos corpos na terra. É em uma dessas aulas que Orestes (Oscar Isaac), declara seu amor à sua professora, sendo recusado pela mesma. Hipátia teve maior sorte que a maioria das mulheres daquela época, a ela foi permitido, por seu pai, Théon (Michael Lonsdale), que não se casasse, alegando que para ela tal situação equivaleria à morte.
Em dado momento inicia-se no filme mostras de intolerância aos cultos dos cristãos, fazendo com que politeístas e monoteístas lutassem entre si. As lutas ganham força após um parabolando cristão, chamado Ammonius (Ashraf Barhom), desafiar um pagão e lança-lo a um braseiro, para que este provasse assim, a existência de deuses gregos. Os pagãos, vendo tal atitude como afronta, se organizam para atacar os cristãos à espada, enquanto os mesmos estavam reunidos, causando inúmeras mortes. No momento do ataque, Davus (Max Minghella), servo da casa de Hipátia, entra em crise, pois os escravos deveriam atacar os cristãos, seguindo seus senhores, porém alguns aproveitam o ensejo para assumirem-se como cristãos e atacam seus senhores. Davus some na multidão e retorna mais tarde à casa de seus senhores e tenta violentar Hipátia, mas se arrepende e não consegue consumar o ato, sendo perdoado e libertado por sua senhora. A partir daquele momento, livre, se junta aos cristãos. Théon, o pai de Hipátia, após ser atingido por um de seus escravos na luta entre pagãos e cristãos, passa por grande sofrimento e não resiste aos ferimentos, morrendo logo após a invasão e destruição à Biblioteca de Alexandria por parte dos cristãos a mando do imperador Theodósio.
Passado algum tempo, Orestes se torna prefeito de Alexandria e permanece fiel ao seu amor por Hipátia. O líder cristão Ciryl (Sami Samir) passa a dominar a cidade após a morte, de seu antigo líder, a quem proclama santo mártir, após morrer ao defender sua crença.
A personagem central viu seu espaço desaparecer pouco a pouco em virtude da crescente influência política que os cristãos passaram a ter, especialmente com a ascensão de Ciryl como bispo de Alexandria. Este influenciou seus fiéis à perseguição aos judeus e depois aos pagãos. Ciryl acusa Orestes utilizando passagens bíblicas, atingindo-o em seu ponto mais fraco, Hipátia. O bispo a acusou de ateísmo, bruxaria e de não se portar como uma mulher da época deveria. Mesmo sendo prefeito da cidade, Orestes, o símbolo do poder imperial, viu seu prestígio ser ameaçado, tendo que inclusive escolher entre o cumprimento estrito da fé cristã e sua relação com Hipátia. Como resultado destes boatos, Hipátia foi violentamente atingida por um grupo de desvairados cristãos repletos de ódio. Eles a levaram para o interior de uma Igreja, a apedrejaram e logo depois queimaram seu corpo.
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