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Resenha Da Morta

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Por:   •  22/3/2015  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  221 Visualizações

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Resenha: Sobre o temor da morte.

Dificilmente paramos para falar sobre a morte, e o interessante é que essa é a única certeza que temos em nossa vida. É quase impossível você parar e pensar sobre o seu fim, onde tudo acaba. Vivemos uma falsa ideia de que controlamos nossas vidas e que a morte é só para velhos que viveu muito. Já é difícil pensar na morte de um familiar, amigo, imagina na própria morte. Mesmo alguém que brigamos ou discordamos o tempo todo, não aceitamos sua partida, e muitas vezes até nos sentimos culpado por esse mal, associamos logo a castigo. E daí, queremos nos punir por nossas atitudes anteriores.

Então se percebe que a morte é um assunto desesperador para o ser humano, o medo de perder alguém do seu convívio é inaceitável. Mesmo pessoas fortes, maduras se abalam diante da morte, todos temem e evitam conversar sobre esse assunto, pois vemos a morte como um mal, algo do inimigo. E só pensa ou fala quando temos um parente hospitalizado ou quando acontece morte súbita, aí a família vivencia o sofrimento com a perda, e dessa forma o paciente não vive os estágios da morte, ao contrário do que descobre uma doença crônica e necessita se submeter a tratamentos e internações muitas das vezes.

O livro coloca a morte como algo que precisa ser aceito e que todos devemos aprender a lidar com a morte, pois quando estamos preparados aceitamos como uma etapa natural da vida e a autora narra sua experiência com pacientes em fase terminal e mostra também como a equipe de saúde está despreparada pra lidar com a morte.

É necessário conversar sobre o assunto, pois quando o paciente está hospitalizado ele não tem oportunidade de falar sobre seus medos, desejos, é tudo muito mecânico, o paciente não opina só recebe o que foi determinado pelo médico. E essa falta de diálogo entre o paciente e os profissionais da saúde junto com medo de morrer, dificulta o paciente aceitar a sua doença e muitas vezes não faz o tratamento proposto quando descobre que está com uma doença grave.

Então ele vive o primeiro estágio: a negação e isolamento que é não levar a sério a situação, não acredita que sua vida está em risco, pois é uma defesa do organismo, dizer “não, eu não, não pode ser verdade”. E assim procura vários médicos afim de ouvir o que ele quer e não o que realmente está acontecendo, pois não aceita que perdeu o suposto controle da vida. Achamos natural quando acontece com os outros, mais quando acontece conosco, ou alguém próximo bate a angústia. E aos poucos essa negação é substituída por uma aceitação parcial e aí ele procura isolar-se.

Depois vem o segundo estágio: a raiva quando o paciente percebe que não é mais possível negar sua situação ele começa a questionar, “porque está acontecendo isso? Porque eu?”, então vem a raiva e seus relacionamentos se tornam problemáticos, descarregando suas revoltas, em todos que estão em volta, surgem sentimentos de indignação, inveja e ressentimento pois o morrer para ele é terrível. Muitas vezes machuca seus familiares e vai diminuindo as visitas, mas é nesse momento que é muito importante a presença dos parentes e amigos para que o paciente se sinta seguro, apoiado, amado e o ajude a aceitar o seu estado. Mais a raiva não é pessoal contra quem o rodeia e sim uma forma de indignação por não poder mudar a situação. E a equipe de saúde deveria criar oportunidade de conversas com o paciente para que ele fale como se sente e como está, recebendo atenção o mesmo adquire confiança nos profissionais e não se sente como mais um.

Então o paciente começa a perceber que não adianta negar, ter raiva, pois isso não vai ajudar a sair da situação, e ele

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