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Resenha Do Escafrando E A Borboleta

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Por:   •  2/7/2014  •  578 Palavras (3 Páginas)  •  419 Visualizações

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O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon), do americano Julian Schnabel, é uma história impressionante de superação, baseado num fato real.

Schnabel, por sinal, gosta de retratar a vida real. Um de seus maiores sucessos, o controverso Antes do Anoitecer (Before Night Falls), estrelado por Javier Barden, é sobre o escritor cubano Reinaldo Arenas, homossexual assumido e perseguido na Cuba de Fidel.

Anteriormente, Schnabel também já havia despertado polêmica com seu filme sobre o pintor e grafiteiro americano Basquiat.

O Escafandro e a Borboleta – destaque da 45ª edição do Festival de Nova York – se baseia igualmente numa história real, no caso a vida do jornalista francês Jean-Dominique Bauby, ex-editor do Elle.

Em 1995, Bauby sofreu um acidente cerebral e ficou totalmente privado da palavra e dos movimentos.

Embora paralisado, Bauby ditou um livro, mas até conseguir esse fato extraordinário, o jornalista deve ter experimentado uma situação como a expressa no título do livro: viver entre uma espécie de escafandro pesado que o puxava para um abismo, diferentemente de sua imaginação, que era uma borboleta livre querendo voar.

Na verdade, o extremo isolamento em que passou a viver após a doença, lhe deu uma outra percepção da vida. A família, o amor e tudo o que ele estava perdendo funcionaram também como incentivo para a busca de uma forma para voltar a se comunicar.

A interpretação de Mathieu Amalric como Bauby é impressionante, transmitindo toda a angústia desse homem prisioneiro do próprio corpo.

A sensibilidade para o que o roteiro do filme pedia deve também ter influído no seu desempenho, porque embora o seu talento para atuar, Amalric tem revelado que está parando com a carreira de ator para se concentrar na de diretor.

“Acho que dirigir filmes é uma atividade muito prazerosa, que envolve pesquisa, decisões, escolhas”, ensina.

Schnabel – que ganhou o prêmio de direção em Cannes – tem uma explicação interessante para as razões de ter elegido Amalric para ser o protagonista de seu filme.

“Inicialmente eu pensei em outros nomes para viver Bauby, mas após conhecer o trabalho de Amalric, não tive dúvidas, são incríveis as coisas que ele pode fazer com os olhos. Além disso, como a história é narrada pela voz de um francês, achei que a sensibilidade poética da língua era necessária”, complementa. Além de Amalric estão no elenco Emmanuelle Seigner e Marie-Josée Croze.

Outro ponto salientado por ele foi quanto às locações. “Eu quis fazer o filme no hospital da cidade de Beerck, onde Bauby ficou internado nos últimos anos de sua vida. Não queria que as coisas parecessem falsas”, ressalva Schnabel, que é também pintor e, ao que parece, seu olhar de artista esteve presente nos momentos de pura plasticidade em várias cenas.

O Escafandro e a Borboleta aborda um tema difícil,

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