Resenha Ensaio Sobre A Cegueira
Exames: Resenha Ensaio Sobre A Cegueira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Wash • 9/10/2013 • 919 Palavras (4 Páginas) • 830 Visualizações
“Ensaio Sobre a Cegueira” conta a história de uma epidemia muito misteriosa de “cegueira branca”. O filme começa com um homem perdendo a visão no trânsito, sem motivo aparente. O mais curioso é que a cegueira é associada à escuridão, e no filme é ao contrário: as pessoas, ao ficarem cegas, “enxergam” uma luz tão forte que não conseguem ver nada a não ser uma imensidão branca.
O primeiro a ficar cego é ajudado por um homem aparentemente bom, que se prontifica a auxiliar a primeira vítima, porém esse homem nada mais é do que um ladrão que acaba se aproveitando da situação para tirar vantagem. Após roubá-lo, acaba contraindo o vírus da cegueira e se reencontra, posteriormente, com ele no abrigo. Esse fato me fez pensar, por exemplo, em quantas vezes, por má índole, maldade ou inconscientemente, sendo do próprio instinto humano o oportunismo, pessoas se beneficiam em alguma situação e depois recebem ajuda das pessoas que por ventura foram prejudicadas em algum momento de suas vidas.
O contágio acontece dessa maneira. Todos que tiveram algum tipo de contato com ele ficam cegos. A doença se espalha muito rápido, e a cidade toda entra em pânico.
Todos que sofriam da “cegueira branca” foram colocadas em quarentena, em um hospício desativado. O grande diferencial é que dentro desse hospício, existe uma mulher que pode enxergar, apesar de todos pensarem que não. Ela é esposa de um oftalmologista, e de alguma forma, é imune à epidemia, talvez por acreditar que não seria contagiada de maneira alguma. A partir do momento que chega ao abrigo, vive momentos de necessidade, seja por falta de comida, higiene ou até por ter que conviver com pessoas que nunca havia tido contato antes, tudo para ficar ao lado do marido e ajudá-lo a enfrentar essa situação de extrema vulnerabilidade. A principio, ela resolve ir para esse lugar a fim de ajuda-lo, mas acaba, consequentemente, ajudando todas as outras pessoas também. O sentimento de solidariedade, o “se colocar no lugar dos outros”, é altamente aflorado nessa situação.
A partir daí, diversos sentimentos são despertados em nós, como revolta, aflição, medo e pena em relação aos personagens, pois nos é mostrado, claramente, onde podem chegar o níveis do instinto e caráter humano, tanto para o bem, quanto para o mal.
Nos primeiros dias, a convivência e a relação entre eles é pacífica, na medida do possível. Todos tentam se ajudar e fazem o que podem uns pelos outros, mas isso muda com o passar do tempo. Mais e mais pessoas chegam, a comida começa a ficar escassa, e um grupo acaba “tomando o poder” e assumindo o controle de tudo entre os contaminados. No começo, eles exigem que as pessoas de todas as alas entreguem seus pertences, como relógios, pulseiras, anéis, e tudo o que tiverem de valor consigo em troca de comida. Porém, quando os pertences acabam, as mulheres são molestadas sexualmente e trocam sexo por comida, em umas das cenas mais chocantes do filme.
Depois de vários dias de abuso, a personagem de Julianne Moore, cansada de ver tanta covardia e maldade, vai até a ala onde os abusos acontecem e mata o “chefe”, que controla todas as ações dentro do hospício com uma tesourada na garganta.
Podemos perceber que a personagem que enxerga sofre muito com os “dilemas” com que se depara: se intervir ou não na desordem
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