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Resenha - Ensaio sobre a cegueira

Por:   •  12/11/2015  •  Resenha  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  429 Visualizações

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Na contracapa: “Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara.”, citado de um fictício “Livro dos conselhos”.

Filme: Ensaio sobre a cegueira

Direção: Fernando Meirelles

Ano de lançamento: 2008

Introdução:

O trabalho é voltado para a análise do filme “Ensaio sobre a cegueira” e sua relação com o conteúdo da disciplina de Ética e responsabilidade social. O filme foi escolhido por retratar de forma mais radical a cegueira social, expressando fortemente a crueldade humana e como podemos ser transformados pelo ambiente em que vivemos.

O filme foi baseado no livro que tem o mesmo nome, escrito por José Saramago. Ambos têm como objetivo demonstrar, de uma forma modificada, a atual cegueira social que degrada facilmente toda a sociedade cuja minúscula minoria da população ainda permanece enxergando a realidade. Dirigido por Fernando Meirelles, o filme retratou as características e as emoções trazidas pelo livro.

O filme:

O filme inicia-se com uma repentina cegueira “branca” em um dos personagens do grupo. Este procura um médico na tentativa de obter algum diagnóstico e assim a doença começa a se espalhar. Inicialmente, poderíamos entender apenas como uma epidemia que atinge toda a população, porém, ao decorrer do filme nota-se facilmente que é um tipo de metáfora que nos faz imaginar tudo o que ocorre no nosso dia-a-dia e correlacionar ao que é mostrado no filme.

Após a cegueira se espalhar, o governo começou a falhar e a excluir todos os “enfermos”. Os doentes foram enviados para uma quarentena vivendo em condições precárias que só foram suavizadas porque a esposa do médico citado acima não foi atingida, mas se recusou a deixar seu marido para trás e assim, continuou entre os cegos sem ninguém, senão seu esposo, saber que ela ainda podia ver. Em um curto espaço de tempo o número de moradores do hospital aumentou significantemente, o que só aumentou a competitividade pela comida e a sujeira do local, tornando a vida de todos ainda mais complicada.

Há a tentativa de uma organização social dentro do local do qual não poderiam sair. Porém, quando a “sede” pelo poder e o egoísmo com o alimento insuficiente que tinham começaram a ganhar espaço dentro dos blocos hospitalares iniciou-se uma série de problemas ainda maiores, envolvendo brigas, exigência de pagamentos em itens e até mesmo no abuso sexual de mulheres dos blocos vizinhos daquele que conseguiu impor as regras.

Ninguém conseguiu fugir do local porque, até o momento, havia guardas cercando o prédio. Porém, a cegueira chegou a tal ponto que todos foram atingidos e nem os guardas que tratavam os doentes como animais não conseguiram escapar, então, a mulher que enxergava tirou todos dali e o maior espanto foi quando saíram de lá. O mundo havia se transformado e a cegueira estava em qualquer canto da cidade. Todos brigavam loucamente por alimentos e tudo estava sujo e sombrio.

A mulher conseguiu chegar a sua antiga casa e as pessoas que restaram do grupo puderam dormir de forma mais confortável lá. Neste ponto, apesar do mundo bárbaro e imundo, todos conseguiram valorizar as pequenas coisas do cotidiano, como pingos de chuva. O amor e a compaixão tomaram posse destes e, quando a mulher quase desistiu e achou que estaria infectada, um por um voltou a enxergar e a comemoração foi mútua. O final nos leva a deduzir e torcer que após a sociedade voltar a enxergar o mundo se tornou melhor.

A cegueira atual:

Nossa atual sociedade é repleta de ambição, busca pelo poder e acúmulo de bens materiais. O consumismo e a posição social traz uma sensação errônea de prazer. Grande maioria preza pelo “status” sem pensar, por exemplo, em quantas pessoas passam fome no mundo. Há, em nossa realidade, muita gente matando como se a vida fosse algo totalmente insignificante, há também, um universo inundado de corrupção e pessoas cegas. Não aquelas que têm deficiência visual, mas aquelas cujos olhos funcionam e a mente não quer enxergar.

Muitos, também, são manipulados pela mídia sensacionalista e outros passam pela vida sem refletir em nenhuma atitude e vendo apenas seus próprios problemas e anseios.

Vivemos na era do individualismo e acúmulo de finanças, em uma época em que a maior parte da população é moldada por sua realidade. Os cegos adotam rótulos e estereótipos, agem de forma robotizada e repetem palavras

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