Resenha "Freud-Além da Alma"

A obra “Freud: Além da alma” aborda os estudos, observações e os tratamentos em pacientes com histeria por parte de Sigmund Freud, pai da psicanálise. No filme, vemos os momentos difíceis que Freud enfrentou no início de sua jornada e acompanhamos de maneira interessante suas descobertas a partir de seus casos e sua experiência pessoal.

O filme se inicia com o atrito entre Sigmund e Meynert devido a internação de uma paciente histérica no leito do hospital dirigido por este, que acreditava que os sintomas da denominada histeria eram apenas uma maneira das pessoas fugirem de suas responsabilidades. Devido ao seu interesse pela histeria, Freud vai até Paris se encontrar com Charcot, que demonstra pelo método da hipnose que a histeria era uma doença de origem psíquica, e que seus sintomas poderiam ser retirados durante o transe, porém retomados após o paciente sair deste.

Ao voltar a Viena e tentar trazer para a classe médica as novas descobertas, Freud foi ridicularizado pelos médicos e demitido do hospital, pois Meynert, ao descobrir que Freud havia utilizado da hipnose em pacientes de seu leito, não aceitou suas ideias. Após isso, Sigmund vai trabalhar em parceria com Josef Breuer, médico e cientista que estava aplicando a hipnose em uma certa paciente sua.

Breuer demonstra para Freud que, segundo sua teoria, após as memórias traumáticas serem reveladas a partir da hipnose, os sintomas da histeria estariam curados e demonstra isso em sua paciente Cecily. Nessa etapa do filme, verificamos a retratação do método catártico, onde a cura é realizada pela libertação e exteriorização de um evento traumático, antes localizado no consciente e após sendo deslocado para o inconsciente, desenvolvendo os sintomas da histeria.

Vemos o prosseguimento dos estudos de Freud, onde o filme aborda pontos como o complexo de Édipo, que Sigmund se demonstra extremamente enojado quando presencia pela primeira vez em um caso de um jovem, que havia atacado seu pai pelo desejo por sua mãe, e, após esse fato, o Médico começa a ter sonhos estranhos, levando-nos a ver a posteriormente a relação de Freud com o interesse pela interpretação dos sonhos, pois estes seriam maneiras do inconsciente se expressar.

Freud então acaba criando uma teoria acerca da neurose, relacionando-a a traumas devido a sexualidade. Breuer não acredita na ideia de Sigmund, e acaba aceitando que ele tente relacionar sua teoria a sua paciente Cecily. Após uma sessão de hipnose que acaba sendo assumida depois por Freud, vemos a teoria da sexualidade se concretizar, fazendo Josef acreditar no que Sigmund havia formulado.

Posteriormente, vemos Freud assumir Cecily como sua paciente, quando Breuer se afasta pois ela estaria apaixonada por ele e isso poderia acabar com seu casamento, nessa etapa da trama, verificamos o ideal da “transferência”, que seria a projeção de sentimentos em relação a alguma pessoa, onde o paciente cria fantasias, neste caso específico, a paciente transfere para Breuer a relação que posteriormente Freud vai perceber que era relacionada ao seu pai. Ao perceber a resistência da paciente a hipnose, Sigmund desenvolve e percebe a melhor aplicabilidade de seu novo método, o método da associação livre, onde a paciente relata seus pensamentos e o analista os interpreta pelo dito e por meio de atos falhos.

Após tentativas de interpretação de seus próprios sonhos, Freud conversa com sua mãe e acaba tendo noções acerca de suas próprias complicações, relacionadas a infância, onde percebe uma memória em que sua mãe havia o deixado para dormir sozinho enquanto ela iria dormir com seu pai, Freud sente ciúmes do próprio pai, pois desejava ter sua mãe consigo e dessa forma acreditou que desonrou seu pai. Ele também relações como essa no caso de