Resenha Psicologia Escolar: Construção e consolidação da identidade profissional.

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FACULDADE IEDUCARE – FIED/UNINTA

CURSO: BACHARELADO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PSICOLOGIA ESCOLAR

PROFESSOR: DAVI MAGALHÃES CARVALHO

ALUNA: EDNA GOMES DOS SANTOS

MATRÍCULA: GRA20112416

RESENHA CRÍTICA: Professor e Escola: trabalho e profissão - Cap. 3.

MARINHO-ARAÚJO; ALMEIDA, C. M.; S. F. C. Professor e Escola: trabalho e profissão. Psicologia Escolar: construção e consolidação da identidade profissional. Campinas-SP: Editora Alínea, 2005. p. 37-52.

A discussão se inicia pautada nas ponderações sobre Relações de poder que se encontram presentes em todos os âmbitos e instituições de nossa sociedade bem como já afirmam as teorias foucaultianas, mas aqui enfatiza-se sobre a perspectiva da área educacional perante ao papel e a função do professor dentro da instituição escola, e como seu exercício profissional é transpassado e até instruído por essas relações.

A prática docente é configurada pelo sujeito que detém propriedade sobre o uso do saber, e para que seja completado o educar, ainda há de se fazer a distribuição dele, de modo que este ocorra assertivamente, atingindo o alvo, isto é, o aprendente.

A discussão supracitada não se prende apenas a questionamentos quanto a quem possui o saber, ou quem transmitirá tal saber, mas de maneira incisiva considera também as formas contemporâneas e antecedentes de possibilidade de “acesso ao saber” as quais são intimamente imbricadas com a “aquisição de poder” (grifo do texto), ou seja, aqueles cujo gozam de posse de poderio seja este de valor financeiro, de posição social ou afins, dispõem de posição privilegiada de acesso ao ensino, a escola, ao saber.

Envolvido nesse contexto encontra-se a formação de professores, uma vez que para rumar nesta empreitada é necessário recursos financeiros além dos recursos de tempo e intelectuais ligados ao cognitivo. Estes últimos, inclusive, se fazem cada vez mais problemáticos no campo de atuação profissional ou de preparação, pois aspectos como criatividade e inovação são exigidos com cada vez mais excelência muito pela modernização do ensino, pelas tecnologias diversas e pelos novos perfis formativos desejados.

Nesse sentido, depreende-se o professor como uma peça-chave para “pedagogização desigual”, onde partirá deste personagem as investidas práticas que tratarão de subsidiar de forma padronizada a distribuição de ensino. Porém, incita-se atenção à necessidade de apoio institucional para que se possibilite o labor da função de intermediadores da formação de cidadãos reflexivos e ativos na criticidade relativa ao meio que os cercam.

Instituições também precisam de amparo legal, e isto se dá por meio de Políticas Públicas principalmente. Sabendo-se que a valorização da profissão do docente no Brasil ainda é um processo em constante andamento, –e menos mal que seja assim– a conquista da seriedade na aquisição de cargo docente por meio de avaliação de competência e potencial, conforme a Constituição Federal de 1988 (grifo do texto), já assegura melhor a atuação deste profissional perante seus pares e seus alunos, além de ter acarretado também melhores condições de trabalho.

Observa-se no texto que a partir disso instalou-se uma modificação dos parâmetros para o mercado de trabalho para o cargo de professor, resultantes ou resultando, ou ainda em vice-versa, em novos preceitos para a formação destes profissionais, pautadas em direcionamentos mais exigentes quanto a capacitação destes sujeitos. Assim, “o reconhecimento profissional do professor alicerçou-se nas bases de sua formação, quer fosse inicial, continuada, permanente ou em serviço” (grifo do texto).

Cabe ressalva ao fato dessas formações profissionais serem em maior parte teóricas e conteudistas, e apesar das práticas como em estágios por exemplo, estas não se fazem suficientes para definirem por si só os caminhos de atuação profissional, nem muito menos a qualidade ou assertividade dela.