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Resenha do Artigo O cognitivismo e o Problema da Cientificidade da Psicologia

Por:   •  19/9/2021  •  Resenha  •  651 Palavras (3 Páginas)  •  265 Visualizações

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O artigo “O cognitivismo e o problema da cientificidade da psicologia”, escrito por Gustavo Arja Castañon, foi realizado com intuito de demonstrar como o cognitivismo resolveu questões contrárias que refutavam a cientificidade da psicologia. Porém, o mesmo ainda não conseguiu a plena realização do plano de fundamentação na parte de ontologia, epistemologia e metodologia da psicologia como ciência moderna.

O mesmo, é organizado em 21 páginas, de difícil leitura e compreensão por conta de termos técnicos não conhecidos por toda a população, utilizando uma linguagem mais científica, composto por seis tópicos: Introdução; Método; Discussão de resultados; Por que o cognitivismo fracassa em seu modelo de explicação psicológica?; Uma proposta de solução: a explicação condicional; Conclusão. Chama a atenção, pois para nós, estudantes de psicologia e futuros psicólogos, é importante que o tema psicologia seja de fato considerado ciência dando mais credibilidade a área.

Em introdução, o autor expõe alguns pontos que dificultaram a cientificidade da psicologia e define o que é cognitivismo como metateoria, abordagem ou movimento e como área de pesquisa específica.

Assim, no tópico método, Gustavo Aria, apresenta o artigo como sendo uma revisão bibliográfica de autores e textos clássicos da “revolução cognitiva”, utilizando de fontes primárias e secundárias tratam do problema dos fundamentos filosóficos do cognitivismo e de suas propostas para uma filosofia da ciência psicológica

É importante observar que, em Discussão de resultados: a defesa cognitivista da possibilidade de uma psicologia científica, trata-se de apontar as respostas que o cognitivismo apresentou a tais discussões onde se colocava em xeque a cientificidade da psicologia, que são:

  • Quanto à natureza inquantificável do objeto da psicologia;
  • Quanto à impossibilidade de o sujeito ser ao mesmo tempo objeto;
  • Quanto à indivisibilidade do fenômeno psíquico;
  • Quanto ao fato de a psicologia não poder ter o mesmo método das ciências naturais;
  • Quanto ao fato de o objeto da psicologia ser o sentido da experiência consciente;
  • Quanto ao fato de o ser humano ser dotado de autonomia;
  • Quanto ao fato de a psicologia não ter objeto próprio;
  • Quanto ao fato de o objeto da psicologia ser alterado pela interação;
  • Quanto ao fato de o objeto da psicologia não ser diretamente observável;
  • Quanto ao fato de o objeto da psicologia não ser mensurável;
  • Quanto à quantidade de variáveis envolvidas no fenômeno psicológico;

No tópico por que o cognitivismo fracassa em seu modelo de explicação psicológica, explicita que a falha do cognitivismo em tentar provar a cientificidade da psicologia está na dificuldade de uma normatização, criação de leis e padronização do objeto de estudo, já que esse é incapaz de se tornar objeto de explicação dedutivo­nomológica por ser único em si mesmo e totalmente diferentes uns dos outros.

Em uma proposta de solução: a explicação condicional, o autor propõe que adote uma explicação no formato condicional, levando em consideração a liberdade do ser humano e seus condicionantes. Assim, deterministas e não deterministas adotariam o mesmo conjunto de leis condicionais, diferenciando-se somente quanto às interpretações do comportamento.

A linguagem é objetiva, clara e de fácil entendimento. O autor obteve sucesso em demonstrar de forma excepcional um tema tão importante para a área da psicologia em si com muita clareza e assertividade. Tem como público alvo estudantes de psicologia, psicólogos, áreas afins e toda comunidade científica.

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