Resumao de Sistema Nervoso Autônomo
Por: Flávia Santos • 25/11/2015 • Resenha • 563 Palavras (3 Páginas) • 984 Visualizações
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O sistema nervoso autônomo (SNA) faz parte do Sistema nervoso periférico e é o responsável, entre outras funções, pelo controle das respostas involuntárias, realizadas pela musculatura lisa, musculatura cardíaca e glândulas exócrinas e permite o aumento da pressão arterial, o aumento da frequência respiratória, os movimentos peristálticos, a excreção de determinadas substâncias, etc. Apesar de se chamar sistema nervoso autônomo, ele não é independente do restante do sistema nervoso. Na verdade, ele é interligado e controlado pelo hipotálamo, que coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia.
Sabe-se que a porção eferente do SNA é constituída por um conjunto de neurônios que emergem da medula e do tronco encefálico. Estes, através de gânglios periféricos, coordenam a atividade da musculatura lisa, da musculatura cardíaca e de inúmeras glândulas exócrinas.
O SNA divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático, que são constituídos basicamente por uma via motora com dois neurônios, sendo um pré-ganglionar (cujo corpo se encontra no sistema nervoso central) e outro pós-ganglionar (cujo corpo se encontra em gânglios autônomos). Os neurônios pré ganglionares sempre liberam o neurotransmissor Acetilcolina, que então atua estimulando os neurônios pós ganglionares simpáticos e parassimpáticos. São os neurônios pós ganglionares que se comunicam com os órgãos através das sinapses e influenciam diretamente suas funções.
Então, o SNA é dividido em duas partes, considerando que essa divisão é baseada nas características anatômicas e nas funções que cada uma delas desempenha.
- Sistema nervoso simpático (toracolombar): os neurônios pré ganglionares se comunicam com o SNC na região torácica e lombar da medula espinhal
- Sistema nervoso parassimpático (craniossacral): os neurônios pré ganglionares se comunicam com o SNC na região do tronco encefálico e região sacral da medula.
A maioria dos órgãos é duplamente inervada: recebe inervação simpática e parassimpática, com funções geralmente opostas - a exemplo das glândulas salivares, do coração, dos pulmões (músculo brônquico), das vísceras abdominais e pélvicas. Entretanto, outros órgãos só recebem inervação de um sistema. As glândulas sudoríparas, a medula suprarrenal e a maioria dos vasos sanguíneos são inervados apenas pelo sistema nervoso simpático. Por outro lado, o parênquima das glândulas parótidas, lacrimais e nasofaríngeas é inervado apenas por fibras parassimpáticas.
Normalmente as fibras nervosas pós ganglionares (que atuam diretamente nos órgãos efetores) dos sistemas simpáticos e parassimpáticos secretam dois neurotransmissores principais:
- Os neurônios pós-ganglionares do sistema simpático, em sua maioria, liberam noradrenalina, a qual excita algumas células mas inibe outras. No entanto, alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos, são colinérgicos, como por exemplo, os que enervam a maioria das células sudoríparas.
- Os neurônios pós ganglionares do sistema nervoso parassimpático liberam acetilcolina, que atua influenciando os órgão de função involuntária.
De forma geral, a divisão simpática do SNA é ativada em situações denominadas de “fuga ou luta”, isto é, situações de estresse, medo, ansiedade, atividades físicas, em que o organismo precisa se preparar para uma reação imediata. Nesse momento, há uma liberação maciça de noradrenalina pelos neurônios simpáticos e também de adrenalina pela glândula supra renal. Essas substâncias, em conjunto, atuam em receptores adrenérgicos induzindo vários efeitos, entre eles: aumento da frequência e força cardíacas, aumento da pressão arterial, broncodilatação, dilatação das pupilas, etc.
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