Resumo Atitude

CAPÍTULO 4 – Atitudes: conceito e formação

As atitudes se formam durante nosso processo de socialização. Decorrem de processos comuns de aprendizagem. Envolvem características de personalidade ou de determinantes sociais. Podem se formar em conseqüência de processos cognitivos.

Existem inúmeras definições para atitude. A melhor definição de atitude social é: “organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, que predispõe a uma ação coerente com as cognições e afetos relativos a este objeto.”

Atitudes são variáveis não observáveis, porém diretamente inferíveis de observáveis e integrada por componente cognitivo(o objeto tal como é conhecido), componente afetivo (o objeto como alvo de sentimento pró ou contra) e componente comportamental (a combinação de cognição e afeto como instigadora de comportamentos dadas determinadas situações).

O componente cognitivo: é constituído pelas crenças e demais componentes cognitivos (conhecimento, maneira de encarar o objeto, etc.) relativos ao objeto de uma atitude, pois que é necessário que se tenha alguma representação cognitiva deste objeto. Pessoas que exibem atitudes preconceituosas, por exemplo, têm uma série de cognições acerca do grupo que é objeto de sua discriminação.

O componente afetivo: é o mais nitidamente característico das atitudes, definido como sentimento pró ou contra um determinado objeto social. Cada pessoa acrescenta uma conotação afetiva às suas cognições acerca de um determinado assunto.

O componente comportamental: as atitudes criam um estado de predisposição à ação que, quando combinado com uma situação específica desencadeante, resulta em comportamento. Mas nem sempre se verifica coerência entre os componentes cognitivo, afetivo e comportamental das atitudes.

De acordo com as teorias psicossociais os três componentes das atitudes devem ser internamente consistentes. Entretanto, não raro se verificam certas inconsistências entre as atitudes e os comportamentos expressos pelas pessoas. O comportamento não é apenas determinado pelo que as pessoas gostariam de fazer, mas também pelo que elas pensam que devem fazer, isto é, normas sociais, pelo que elas geralmente têm feito, isto é, hábitos, e pelas conseqüências esperadas de seu comportamento. Concluímos que o comportamento é uma resultante de múltiplas atitudes.

Sivacek e Crano (1982) defendem que a correspondência entre atitude e comportamento será tanto maior quanto maior for o interesse investido pela pessoa no conteúdo atitudinal.

Para Ajzen e Fishbein há dois componentes principais que são capazes de predizer intenções que predizem o comportamento: as atitudes da pessoa, relativas a um ato em particular, e a norma subjetiva, isto é, a percepção do que outras pessoas esperam que ela faça e sua motivação a conformar-se a esta expectativa. As atitudes são influenciadas pelas nossas crenças relativas a certos resultados ou conseqüências de determinados comportamentos; a norma subjetiva é conseqüência de nossas crenças sobre os julgamentos de outras pessoas em relação ao nosso comportamento.

Valores são categorias gerais dotadas também de componentes cognitivos, afetivos e predisponentes de comportamento, diferindo