Resumo Livro: Psicodrama Bipessoal
Por: joycesgr • 30/5/2017 • Trabalho acadêmico • 689 Palavras (3 Páginas) • 322 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Disciplina: Estágio Básico - Clínica Psicodrama
Professor: Silvamir
Aluna: Joyce Ferreira Couto
Livro: Psicodrama Bipessoal – Rosa Cukier
Resumo: Capitulo I e II
Esse livro vem descrever vários manejos terapêuticos que podem ser utilizados no psicodrama bipessoal, porém para se tornar terapeuta se faz necessário mais do que “dicas”. Começando por um sensibilidade humana aguçada, acrescida da própria terapia e de uma sólida formação teórica, ser terapeuta é uma tarefa a ser aprendida ao longo dos anos e por toda a vida.
O psicodrama enquanto técnica é aprendido com a própria ação. Isso representa um impasse para quem se inicia no trabalho: precisamos ser criativos e espontâneos, mas na verdade estamos inseguros. O que fazer?
O psicodrama bipessoal se designa a abordagem terapêutica oriunda do psicodrama, que não faz uso de egos auxiliares e atende apenas um paciente de cada vez. O termo psicodrama bipessoal é simples e sintético: diz claramente ser psicodrama e incluir apenas duas pessoas.
O psicodrama realizado hoje em dia já não é mais semelhante aquele que foi ensinado por moreno, nem em atendimento em grupo e nem quando utilizado um ego auxiliar, ele mudou, evolui, sobretudo aqui no Brasil.
Rojas-Bermudez assinala que a evolução do enquadre das técnicas psicoterápicas iniciou-se com a situação bipessoal na psicanalise, seguindo-se a terapia individual no grupo, e depois a terapia grupal propriamente dita. Então o psicodrama bipessoal vem representar um retrocesso, Começando por moreno, que raramente mencionava essa possiblidade da técnica e quando fazia era de forma pejorativa.
Ao ego auxiliar são atribuídas três funções: ator (representando os papeis exigidos pelo mundo do sujeito, agente terapêutico e investigador social. E uma das atribuições do ego auxiliar, segundo moreno, é ser um observador participante. Inicialmente temos a impressão de que a função principal do ego auxiliar era ocupar o lugar do outro que não estava presente na sessão, e que o próprio terapeuta podia fazer isso. A técnica psicodramática evolui de forma a incluir cada vez mais egos auxiliares, a técnica demandava, frequentemente, mais de um auxiliar terapêutico para o paciente.
Rojas-Bermudez considera a relação estrutural dramática um relação triangular, a qual se agregam o jogo de personagens próprios e alheios, o ego auxiliar na função de ator ou investigador social é indispensável do enquadre terapêutico.
Vitor C. Dias vem falar das dificuldades do psicodrama bipessoal, do ponto de vista do terapeuta, ter que jogar os papéis complementares do paciente propiciaria uma alta probabilidade de contaminação contratransferencial, e o seu papel de diretor ficaria abandonado nessas ocasiões, já do ponto de vista do cliente a perda da distância terapêutica causaria uma sensação de desproteção, um estimulo de carga transferencial e um prejuízo em sua capacidade de observação.
Vários autores buscaram formas de manejar a ação no psicodrama bipessoal sem ter a necessidade do ego auxiliar, utilizando técnicas como, a utilização de desenho na situação a dois, troca de papel, espelho, concretização, onirodrama, estojo terapêutico (composto por vários brinquedos) e outras.
De acordo com Bustos, a psicoterapia psicodramática bipessoal, é aquela situação terapêutica que envolve um paciente e um terapeuta, onde o paciente é o único foco de atenção do profissional, fornecendo também um sistema de autoconhecimento mais apurado, e um contexto onde as únicas tensões vem do vínculo com o terapeuta. Considera-se também que o psicodrama individual é quase sempre indicado, e só há duas exceções, a de que o paciente que chega a terapia com maior nível de integração e cujos conflitos se referem, à esfera das relações interpessoais, possuindo insight suficiente sobre as motivações de seus conflitos, e para paciente com caractereopatias crônicas, trazendo assim pouco material as sessões individuais.
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