Revisão: A MENTE E O CORPO CONCEITAM ATRAVÉS DA HISTÓRIA

Resenha: CONCEITO MENTE E CORPO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

O artigo discute, basicamente, os conceitos de saúde e doença e a relação entre mente e corpo ao longo da história. Ambos possuem diversas definições, as quais mudaram com o passar do tempo.

Platão, por exemplo, descrevia a alma como preexistente ao corpo e a ele sobrevivente, contudo Aristóteles afirmava que todo organismo é a síntese de matéria e forma. Na Grécia Antiga a população atribuía suas enfermidades aos deuses. Já Hipócrates de Cós (460 a.C.) via o homem como uma unidade organizada e via a doença como uma desorganização do estado natural do homo sapiens.

Além disso, durante a Idade Média a doença era atribuída ao pecado, sendo o corpo o locus dos defeitos e pecados, e a alma, o dos valores supremos como espiritualidade e racionalidade.

Todavia, Descartes, postulou a separação total da mente e corpo, sendo o estudo da mente atribuído à religião e a filosofia, e o estudo do corpo era objeto de estudo da medicina. Tal postura dualista teve grande influência no pensamento médico, sendo reforçada no século XIX.

Com o desenvolvimento das neurociências o conceito dualístico tornou-se mais difícil de ser aceito. Por exemplo, o sistema nervoso autônomo não é tão autônomo assim e se encontra regulado pelas estruturas límbicas junto com o controle emocional. Interações entre a psique e os sistemas nervoso, imune e endócrino são bastante estudadas na atualidade.

Um estudo feito em 1963 pressupõe que qualquer doença deve levar em consideração o indivíduo, seu corpo e o ambiente no qual ele está inserido, ou seja, o conceito de doença atual é muito mais abrangente do que o aceito pelas sociedades gregas.

A humanidade, ao longo dos séculos, vem mudando as formas de pensar a saúde/doença, mente e corpo. É provável que em pouco tempo conceitos que nem conhecemos se tornem verdades, temporárias ou não. O objetivo presente é uma melhor compreensão da complexidade humana , um maior desenvolvimento tecnológico e a diminuição do sofrimento humano.