Síntese: Intervenções Clínicas Breves e Pontuais

Síntese: Intervenções clínicas breves e pontuais

Safra reflete sobre intervenções breves e pontuais e trás cinco passos fundamentais para atendimento de uma pessoa que se encontra em estado de crise, ressalvando que é fundamental que as pessoas que se encontram neste estado sentem-se tomada pela crise/problema, sentindo-se perdida, com paralisia psíquica já que não podendo lidar com a crise/problema, ela se vê como o problema. Os cinco passos para atendimentos como este são:

O primeiro passo é ajudar o paciente a olhar o problema e identificá-lo. Quando objetificamos o problema é provável uma não identificação com o mesmo, é importante estabelecer para p paciente um ego observador, para o mesmo ver aquilo que não pode enxergar, permitindo que o paciente enxergue pelos olhos do terapeuta, conseqüentemente a pessoa não estando mais paralisada sobre o momento de crise e logo adentrando ao segundo passo o paciente começa a discorrer sobre o problema, sendo primordial a presença de empatia por parte do terapeuta.

Já no Terceiro passo  é importante o auxilio do terapeuta a pessoa de fato, quando o cliente começa a discorrer, esporadicamente surgem rupturas na fala, pelo retorno da emoção, o terapeuta deve intervir repetindo um processo de reflexão, dando uma opinião, pensando junto, ou fazendo uma questão. Tal intervenção leva a pessoa a continuar o movimento psíquico. O quarto passo devolve as possíveis resoluções que o cliente não percebe, quando o paciente fala, expõe facetas que não esperava logo depois o paciente já se sente melhor.

No quinto passo e último é o momento de construir sentido, pois a pessoa realiza projeções e também cria esperança que estes projetos possam ser realizados. A consulta só termina mediante a perspectiva de uma projeção para o futuro, a crise trabalhada acaba e a pessoa está preparada para enfrentar novas situações e novos sofrimentos.