Saude Do Idoso

INTRODUÇÃO

Os países desenvolvidos e muitos dos países em desenvolvimento, estão

sendo confrontados com a realidade de um franco crescimento no processo de

envelhecimento populacional. Os idosos constituem um dos segmentos da

sociedade que mais cresce em todo o mundo e esta constatação, embora seja vista

com satisfação pelo aumento da expectativa de vida, revela-se também

preocupante, visto que essa mudança na composição populacional provoca

conseqüências sociais, culturais e epidemiológicas inquietantes hoje, e talvez

alarmantes no futuro.

Considerando que a conseqüência epidemiológica de maior expressão é a

transição epidemiológica, fenômeno responsável pela mudança do perfil das

doenças, onde doenças infecto-contagiosas cedem lugar gradativamente às

doenças crônicas não-transmissíveis, mais complexas e onerosas, típicas das faixas

etárias mais avançadas, percebe-se uma necessidade de reformulação na atenção à

saúde, de maneira que o alvo a ser atingido possa ser uma velhice livre de

incapacidades.

Embora o envelhecimento não seja uma enfermidade em si, e a idade

avançada não seja necessariamente sinônima de fragilidade e doenças, o aumento

das demandas do setor da saúde torna-se um fato inegável, havendo necessidade

de adequação, principalmente dos serviços de saúde, de maneira que as carências

dessa população sejam atendidas.

O IDOSO E AS POLÍTICAS DE SAÚDE

Hipócrates há séculos atrás, já referia que “a cidade e o tipo de vida

influenciavam a saúde dos habitantes”. Segundo ele, “as doenças deveriam ser

tratadas de acordo com as particularidades locais”. As idéias de Hipócrates

cruzaram os séculos perdurando até os tempos atuais, principalmente a noção de

que a doença é algo palpável, com causalidade natural, conceito ainda utilizado

pela medicina contemporânea.20

Ao idoso não se aplica o conceito de doença “’única”, uma vez que

geralmente apresenta a soma dos sinais e sintomas de uma ou mais doenças

agudas, subagudas e crônicas.21

Dentre os principais fatores causadores da fragilidade no idoso

(incapacidade funcional, cognitiva e situação social), o estado nutricional e a

nutrição são parâmetros predominantes para uma melhor avaliação do estado de

saúde do idoso.

Com o aumento da idade, a manifestação de uma ou mais doenças

são maiores, no entanto, não há a necessidade dos idosos de viverem com

limitações. Seguindo nesta abordagem, Ramos5 salienta que na velhice o

importante é ter autonomia e independência.

A capacidade do indivíduo se adaptar aos problemas cotidianos é

denominada