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Saúde E Doença Mental: Um Caso A Se Pensar

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Por:   •  17/2/2014  •  3.124 Palavras (13 Páginas)  •  394 Visualizações

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Introdução: A doença mental é um mau funcionamento das atividades psíquicas, sendo esta,

portanto própria ao individuo, porém que pode ser influenciada de alguma maneira pelo meio em

que este se insere, bem como pelas circunstâncias emocional ou social as quais este se encontra

submetido. "A psiquiatria clássica considera os sintomas do distúrbio mental como sinal de um

distúrbio orgânico. Isto é, doença mental é igual à doença cerebral. Sua origem é endógena, dentro

do organismo, e refere-se a alguma lesão de natureza anatômica ou distúrbio fisiológico cerebral"

(livro Psicologias. ANA M. BAHIA BOCK. Pág. 464) sob as perspectivas psicológicas e da psiquiatria

social Bock destaca, que para a primeira as doenças mentais definem-se a partir do grau de

perturbação da personalidade, isto é, do grau de desvio do que é considerada como comportamento

padrão ou como personalidade normal. Neste caso, as psicoses são consideradas como distúrbios

da personalidade total, envolvendo o aspecto afetivo, de pensamento, de percepção de si e do

mundo. Para a segunda, a doença mental é uma construção da sociedade, isto é, que a doença

mental não existe em si, mas é uma idéia construída, uma representação para dar conta de

diferenciar, isolar determinada ordem de fenômeno que questiona a universalidade da razão. Nessa

perspectiva "a doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a

reconhece como tal" (Michel Foucault. Doença mental e Psicologia. p. 71).

É importante destacar a evolução que se analisa a respeito do tema. Sob uma breve perspectiva

histórica é observável que e principio a questão da saúde mental, no período do renascimento, por

exemplo, eram raras as internações entre os doentes mentis em hospitais, e quando estas ocorriam

estes pacientes recebiam o mesmo tratamento dispensado aos demais doentes, com sangrias,

purgações, ventosas. Nos séculos XVII e XVIII, a designação de louco não dependia de uma ciência

médica. Era atribuída à percepção de instituições como a igreja, a justiça e a família que tinham com

relação ao indivíduo e os critérios referiam-se à transgressão da lei e da moralidade. É no inicio da

modernidade que se inicia reflexões médicas e filosóficas as quais situavam a loucura como algo

que ocorria no interior do próprio homem e passam a ser construídos espaços para separarem os

loucos dos demais pacientes, e o medico se estabelece como autoridade máxima para resolver os

assuntos ligados a esse mal, e uma de suas atribuições seria a recuperação deste louco, a partir da

medicação, com autoridade que lhe era conferida, mais tarde desencadeia a psiquiatria, como

sendo uma especialidade designada a esse tipo de tratamento.

As contribuições de Freud com relação ao tema referem-se à psicanálise, para a qual nos indivíduos

"normais" e nos "anormais" existem as mesmas estruturas de personalidade e de conteúdos, que,

se mais, ou menos, "ativadas", são responsáveis pelos distúrbios no indivíduo. Alem do que é a

partir da Psiquiatria clássica que ele define os quadros clínicos.

As implicações que um titulo de louco pode acarretar a vida de um individuo são inúmeras, Isso

pode significar não passar pela seleção de um emprego, perder o pátrio poder sobre os filhos, ser

internado em um hospital psiquiátrico, sem falar no preconceito sofrido por esses indivíduos, todos

esses eventos podem piorar ainda mais o estado mental desses sujeitos. Nesse sentido é

importante destacar a responsabilidade atribuída aos profissionais incumbidos de realizarem esse

diagnóstico, e a importância de se questionar a real situação do paciente antes de assinar qualquer

sentença que virá definir de uma vez por todas sua vida. Com relação a isso Bock diz que "o médico

http://www.redepsi.com.br/portal 11/9/2011 14:05:40 / Page 1

ou o psicólogo, como cidadão e representante de uma cultura e de uma sociedade, acaba por

patologizar aspectos do comportamento que se caracterizam muito mais como transgressões de

condutas morais (sexuais, por exemplo) que não são considerados desvios em outros momentos

históricos ou em outras sociedades: isso demonstra a relatividade do conceito de normal.", ou seja,

o individuo considerado anormal dentro de uma determinada sociedade ou em um determinado

tempo histórico podem não ser assim considerados em outro momento ou circunstância, realçando

a necessidade de relativizar as diferenças históricas e socioculturais na determinação da conduta de

uma pessoa.

É importante ressaltar os distúrbios de comportamentos, com relação aos aspectos biológicos,

psicológicos, mas também socais,contemplando assim o homem em sua totalidade. À medida que

pensar saúde mental implica pensar na cura, que ocorre por meio do uso de uma base teórica bem

como com a utilização de medicamentos; remete - nos também a pensar em prevenção,

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