Sugestões educativas para pessoas autistas
Tese: Sugestões educativas para pessoas autistas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: colinho • 20/9/2014 • Tese • 1.153 Palavras (5 Páginas) • 578 Visualizações
Propostas Educacionais para o Autista
Segundo GAUDERER (1987), as crianças com autismo, em geral,
apresentam dificuldade em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas
quando participam de um programa intenso de aulas parecem ocorrer mudanças
positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e a aprendizagem.
A escola tem um papel reconhecido no nível da educação, na elaboração de
estratégias para que estes alunos consigam desenvolver capacidades para se
integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. Já a família tem também
um papel importante, pois é a responsável por dar atenção, os cuidados, amor e irá
zelar pela criança durante 24 horas, por toda vida. É necessário dispensar algumas
horas para que as crianças possam se sentir queridas e mostrar o que aprenderam.
Os pais podem encorajá-las a comunicar-se espontaneamente, criando situações e
estímulos que provoquem a necessidade de comunicação. Não se deve antecipar
tudo o que a criança precisa, deve-se criar momentos para que ela sinta a
necessidade de pedir aquilo que precisa.
O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e
gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a
cada aluno. O aluno deve ser avaliado para colocá-lo num grupo adequado,
considerando a idade global, fornecida pelo PEP-R, desenvolvimento e nível de
comportamento. É de responsabilidade do professor a atenção especial e a
sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se
comportam esses alunos autistas.
A criança pode reagir violentamente quando submetida ao excesso de
pressão e, diante disso, é preciso levar em conta se o programa está sendo positivo,
ou se precisa haver outras mudanças.
Como citado anteriormente, a importância do ensino estruturado é ressaltada
por Eric Schopler (Apud BORALLI), no método TEACCH. Normalmente, as crianças
à medida que vão se desenvolvendo, vão aprendendo a estruturar seu ambiente,
enquanto que as crianças autistas e com distúrbios do desenvolvimento, necessitam
de uma estrutura externa para aperfeiçoar uma situação de aprendizagem. 31
No Brasil é muito utilizado o método de ensino TEACCH, que foi desenvolvido
no início de 1970 pelo Dr. Eric Schopler e colaboradores, na Universidade da
Carolina do Norte. Em primeiro lugar, o TEACCH não é uma abordagem única, é um
projeto que tenta responder às necessidades do autista usando as melhores
abordagens e métodos disponíveis. Os serviços oferecem desde o diagnóstico e
aconselhamento precoce aos pais e profissionais até centros comunitários para
adultos com todas as etapas intermediárias.
Os propósitos do método, segundo GARY MESIBOV (Apud BORALLI),
Diretor da divisão TEACCH são: habilitar pessoas portadoras de autismo a se
comportar de forma tão funcional e independente quanto possível; promover
atendimento adequado para os portadores de autismo e suas famílias e para
aqueles que vivem com eles; gerar conhecimentos clínicos teóricos e práticos sobre
autismo e disseminar informações relevantes através do treinamento e publicações.
Há uma série de regras e lembretes que facilitará o relacionamento entre o
professor e a criança autista. Isto porque o maior desafio para o profissional é
lembrar-se da teoria na hora em que os problemas estão ocorrendo. Fazer esta
transposição do conhecimento teórico para a prática é muito difícil.
O ensino é o principal objetivo do trabalho com crianças autistas. Ensinar
coisas funcionais para a criança autista é a essência de um trabalho adequado e a
persistência é um grande aliado deste objetivo.
Todo trabalho de interação da criança com objetos e com situações do meio
deve ser feito concomitantemente ao trabalho de capacitação, aos cuidados
pessoais e ao lazer para socialização.
As crianças autistas parecem que aprendem e entendem melhor vendo do
que ouvindo. Por isso, quando pequenas, é interessante expô-las ao máximo a
esses estímulos.
É importante a continuidade do ensino para uma criança autista, para que se
torne menos dependente, mesmo que isto envolva várias tentativas, e ela não
consiga aprender. É preciso atender prontamente toda vez que a criança autista
solicitar e tentar o diálogo, a interação, Quando ocorrer de chamar uma criança
autista e ela não atender, é necessário ir até ela, pegar sua mão e levá-la para fazer
o que foi solicitado. Toda vez que a criança conseguir realizar uma tarefa, ou falar
uma
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