SÍNTESE SOBRE FROID

PSICOLOGIA JURÍDICA – B02

Psicanálise

Sigmund Freud é conhecido por ser o pai da psicanálise, nascido em Viena, cursou Medicina na Universidade de Viena, e especializou-se em psiquiatria. Foi um médico respeitado e foi através de seu trabalho com o neurologista Jean-Martin Charcot, que Freud iniciou na história da psicanálise. Especializado

Seu primeiro contato foi com o distúrbio emocional chamado de ''histeria''. Foi através de um estudo de uma paciente conhecida como Anna O, que Freud percebeu que em seu tratamento ao falar de suas experiências traumáticas apresentou grande melhora em seus quadros de histeria, tendo em vista que a paciente apresentava pensamentos que a mesma não sabia a origem, pensamentos negativos sobre seu pai que a mesma não era capaz de indicar os sintomas, mas, quando estava sob o efeito da hipnose (método utilizada por Freud para que os pacientes relatassem fases de seu passado) relatava a origem de cada um deles através da rememoração das cenas e experiências vividas.

O termo psicanálise refere-se a uma teoria, método de investigação e prática profissional que é caracterizada pelo estudo de conhecimentos sistematizados do funcionamento da vida psíquica. Freud analisava a estrutura e o funcionamento da psique humana, tomando como base as experiências vividas, traumática ou não, de seus pacientes.

Como método de investigação a Psicanálise busca o significado oculto do que manifestamos através de ações, palavras, ou pensamentos, ela adentra a origem da ideia e busca encontrar o que levou esta a surgir.

A prática profissional refere-se à análise em busca do autoconhecimento que acontece quando se adentra ao pensamento buscando a origem dele através do processo de investigação.

Atualmente a psicanálise tem papel fundamental na sociedade pois é utilizada como base para terapias, aconselhamento, orientação, é utilizada para trabalhos em grupos, instituições, buscando uma forma de curar o ser humano das mágoas ou dores que as experiências vividas lhe trouxeram; é uma forma de moldar o caráter ajudando o ser humano a evoluir e encontrar clareza.

A descoberta do Inconsciente

Foi através da descoberta do inconsciente que Freud pode entender o porquê de seus pacientes se esquecerem de tanto fatos de sua vida interior e exterior, não sendo necessariamente, algo ruim.

Ao dar liberdade aos seus pacientes e permitir que estes expressassem suas vontades, percebeu-se que muitos ficavam envergonhados de ideias ocorridas ou imagens que surgiam a mente, Freud denominou resistência, e chamou de Repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência uma ideia ou representação insuportável ou dolorosa que está na origem do pensamento.

O inconsciente é uma maneira de proteção do ser humano, que temos para que não entremos em conflito com nossas ideias, ou pensamentos enraizados que nos levem a ter vergonha, seja por questão moral ou por não se permitir tal vontade, ou por proteção resguardada, tendo em vista que ao ter acesso a todas as experiências traumáticas não se sabe como cada ser humano reagiria, podendo levar a loucura, ou depressão.  

Teoria sobre a Estrutura do Aparelho Psíquico

O aparelho psíquico é composto por três sistemas chamados de: inconsciente, pré-consciente, e consciente.  

Segundo Sebastian Gardner, em O Inconsciente Freudiano:

‘’ O inconsciente define um complexo psíquico (conjunto de fatos e processos psíquicos) de natureza praticamente insondável, misteriosa, obscura, de onde brotariam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte.’’

Ou seja, é onde se situam os conteúdos reprimidos. Tais conteúdos podem ter sido conscientes por algum período de tempo, e logo reprimidos indo para o inconsciente, ou podem ser de toda sua natureza inconsciente, em outras palavras, a pessoa nem sabe que possui esse pensamento.

O pré-consciente é o sistema onde permanecem os conteúdos que são acessíveis a consciência, é toda a matéria que apesar de não estar na visão ampla da consciência podem ser acessados para maior conhecimento.

E o consciente é onde estamos, é o aparelho psíquico que recebe as informações ao vivo do mundo exterior, e do mundo interior, é onde dota-se o raciocínio, a percepção do mundo.

A descoberta da Sexualidade Infantil

Freud ao estudar o desenvolvimento sexual infantil, descobriu que o desenvolvimento infantil é dividido em fases, onde há a supremacia de uma zona erógena (que provoca prazer) através de determinados tipos de estimulação. Foi um grande instrumento para o estudo científico da sexualidade humana, pois constata a existência da sexualidade infantil.

São as fases pré-genitais: Fase Oral: Onde o exercício sexual é ligado diretamente à nutrição, dura desde o nascimento ao período de um ano e meio de vida do bebê, ao nascer, a criança utiliza a boca como orgão sensorial, pois é através dela que o bebê começa a explorar o mundo. O primeiro objeto de ligação afetiva é o seio, e a zona de erotização é a boca. A partir do segundo ano de vida, tem-se a fase anal, que é a etapa de aprendizado de controle muscular da criança, onde se desenvolve a organização psicomotora. A zona de erotização é o ânus, e a ligação afetiva ocorre com o expelir das fezes, por estar ligados ao controle e projeção. A fase fálica acontece entre os três anos de idade, e ocorre com a descoberta da diferenciação de meninos e meninas, a zona de erotização são os genitais, e é nesta fase que ocorre a organização psicológica do masculino e feminino, é o período que ocorre o Complexo de Édipo, e o Complexo de Castração.

No Complexo de Édipo a mãe é o desejo do menino, e o pai é visto como rival que impede o acesso ao objeto desejado. O menino busca então se tornar o pai para ‘’ter’’ a mãe, escolhendo o modelo de comportamento. O menino tem suas regras básicas baseadas na identificação com o pai, o processo também ocorre com as meninas de maneira invertida, tida como Édipo Feminino.

ALGUNS CONCEITOS

Realidade Psíquica: É aquilo que para o ser humano assume valor de realidade, é o que importa, mesmo que não compatível com a realidade objetiva, podendo ser, desde experiências a sentimentos imaginados.