Síndrome De Asperger
Artigos Científicos: Síndrome De Asperger. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Belll • 4/12/2014 • 2.088 Palavras (9 Páginas) • 777 Visualizações
SÍNDROME DE ASPERGER
KOSCKY,Roberta*
BICALHO, Luciana**
RESUMO
Muitas vezes confundida com o autismo, a Síndrome de Asperger foi descrita pela 1° vez por
Hans Asperger em 1944 no artigo “Psicopatologia Autistica na Infância”, mas foi incluída no
Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (DSM IV) apenas em 1994. Em maio
de 2013, a American Psychiatric Association publicou o DSM-5, onde a Síndrome de
Asperger desaparece como diagnóstico distinto, passando a estar incluída no autismo. No
Brasil é utilizado a décima revisão da CID, aprovada em conferência internacional em 1989,
convocada pela OMS - Organização Mundial de Saúde - entrando em vigor somente em 1993.
O artigo, através de uma revisão bibliográfica (textos coletados em aula e na internet, vídeos e
livros), objetiva mostrar um breve resumo histórico das questões citadas acima; o surgimento
da história da Síndrome de Asperger e suas características, diferenciando-as brevemente com
o autismo através de uma tabela comparativa e terá como objetivo geral esclarecer e melhor
compreender o assunto sobre a síndrome de asperger.
PALAVRAS-CHAVE: CID - 10/OMS, Síndrome de Asperger (SA), Características da SA.
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* Pós-Graduanda - Universidade de Vila Velha
** Docente orientador - Universidade de Vila Velha Curso de Pós-raduação em
Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva.
INTRODUÇÃO
O histórico da Síndrome de Asperger começa quando Hans Asperger, um pediatra
austríaco com interesse em educação especial, em 1944, descreveu quatro crianças
que tinham dificuldade em se integrar socialmente em grupos, denominando a
condição por ele descrita como “psicopatia autística", indicando um transtorno
estável de personalidade marcado pelo isolamento social. Cabe acrescentar que o
pediatra não conhecia a descrição do autismo infantil precoce publicado um ano
antes por Kanner.
Segundo Lampreia, 2004:
"Desde a descrição de Kanner, o autismo tem sido visto ora como um problema
afetivo/social, ora como um problema cognitivo. Nas décadas 1970/80, alguns
autores consideraram o prejuízo social como primário no autismo enquanto outros
defenderam o prejuízo da habilidade cognitiva da linguagem. Este debate
mostrou-se inconclusivo."
O trabalho de Hans Asperger foi publicado originalmente em alemão e tornou-se
conhecido quando Lorna Wing, em 1981, publicou uma série de casos apresentando
sintomas similares.
Lorna Wing revisou e renovou as condições descritas para as crianças com
sintomas semelhantes aos descritos por Hans Asperger e a denominou Síndrome de
Asperger, descrevendo as seguintes dificuldades nos 2 primeiros anos de vida das
crianças com a condição autística :
· a falta de interesse normal e prazer nas pessoas ao seu redor;
· uma redução na quantidade e qualidade do balbucio;
· uma redução significativa de interesses comuns;
· uma redução significativa no desejo de comunicar verbalmente ou não-verbal;
· um atraso na aquisição da fala e empobrecimento do conteúdo;
· nenhum jogo imaginativo ou jogo imaginativo confinada a um ou dois padrões
rígidos.
Durante a década de 80, alguns autores passaram a defender a validação do nome
Síndrome de Asperger para diferenciá-lo de outros quadros autísticos demonstrando
que esta distinção facilitaria o suporte às familias, bem como o direcionamento
terapeutico e o diagnóstico. Pelo menos dois critérios foram considerados
imprescindíveis para o diagnóstico diferencial : o período de aquisição da fala e a
idade de identificação do diagnóstico.
No Brasil, é utlizado o CID 10 (10ª Revisão da Classificação Internacional de
Doenças); esta Classificação foi aprovada pela Conferência Internacional para a 10ª
Revisão da Classificação Internacional de Doenças, convocada pela Organização
Mundial de Saúde, realizada em Genebra no ano de 1989, tendo a CID-10 entrado
em vigor apenas a 1 de Janeiro de 1993, após a necessária preparação de material
de orientação e formação.
O copyright da CID-10 pertence à Organização Mundial de Saúde – OMS e não se
refere somente a transtornos psiquiátricos, mas á qualquer condição, até mesmo
uma gripe.
"A Organização Mundial de Saúde tem hoje duas classificações de referência para
a descrição dos estados de saúde: a Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, que corresponde à décima revisão
da Classificação Internacional
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