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PROFESSORES DESPREPARADOS – SINDROME DE ASPERGER/ EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  19/9/2015  •  Artigo  •  5.458 Palavras (22 Páginas)  •  458 Visualizações

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PROFESSORES DESPREPARADOS –  

SINDROME DE ASPERGER/ EDUCAÇÃO INFANTIL

Domingas de Fátima Cardoso Amaral[1]

             Eduardo Francisco Ferreira[2]

RESUMO: A Síndrome de Asperger, é uma desordem pouco conhecida,  apresenta desvios e anormalidades em três amplos aspectos: relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas características de comportamento e estilos envolvendo características repetitivas ou perseverativas sobre um numero limitado, porém intenso de interesses. Encontramos  muitos desafios nas nossas práticas pedagógicas pois recebemos  crianças com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) em sala de aula, e isto causa sempre um grande impacto.  Precisamos  ter um olhar diferenciado, saber interpretar, para depois  intervir diante das atitudes e comportamentos apresentados por estas crianças.  Este artigo  tem como objetivo enriquecer as práticas na salas de aulas, considerando o que é a Síndrome de Asperger (SA), como ela se desenvolve  e quais as técnicas de ensino que poderão ser  úteis para vencer os desafios em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE:  Asperger. Educação infantil. Técnicas de ensino.

INTRODUÇÃO[3]

          Os desafios que os educadores estão encontrando nas salas de aulas nos dias atuais, são crianças algumas diagnosticadas com Síndrome de Asperger (SA), e outras ainda não identificadas com a síndrome, mas que são consideradas como “estranhas”. De modo geral, elas são vistas como “esquisitas”, por apresentarem falta de jeito para interagir socialmente, e são motivos de brincadeiras inadequadas pelos colegas. Apresentam interesse constante por determinados assuntos, falta de compreensão da subjetividade das relações humanas, principalmente das regras do convívio social, são inflexíveis e demonstram falta de habilidade para conviver com mudanças, por esse motivo essas pessoas com Síndrome de Asperger, estão com facilidade sujeitas à irritabilidade e são emocionalmente vulneráveis. Crianças com esta síndrome frequentemente apresentam, níveis de inteligência na média ou acima dela,  demonstra uma excelente capacidade de memorização, tem interesse freqüente por determinado assunto, o que pode mais tarde trazer-lhe sucessos na vida profissional. É muito importante que o professor possa ter conhecimento sobre o que é a Síndrome de Asperger e quais seriam as alternativas mais adequadas para trabalhar com essas crianças em sala de aula, eles precisam compreender o aluno com está Síndrome, e poder apresentar a eles caminhos para que os mesmos possam desenvolver-se. Temos que repensar nossas práticas para que possamos ter verdadeiramente uma escola inclusiva.

Busca-se com este trabalho desenvolver estratégias que facilite a aprendizagem de crianças que possuam a Síndrome de Asperger. A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica, embasada na leitura e reflexão de livros e artigos científicos que descrevem detalhadamente a Síndrome de Asperger e suas características. Síndrome recentemente descoberta e ainda pouco conhecida. Falar desta síndrome é muito importante, justamente por haver sido delimitada recentemente pela ciência. Mostrar o que é a Síndrome de Asperger, que doravante passaremos a denominar de (S.A.) para a sociedade e educadores é importante para que realmente saibam agir com a criança que apresenta alguns sintomas da mesma.  Uma vez que as próprias portadoras da síndrome mostram um espectro de severidade dos sintomas, muitas crianças menos usuais, que podem atingir critérios para esse diagnóstico não são absolutamente diagnosticadas e são vistas como "incomuns" ou "um pouco diferentes", ou são  emocionais. Muitos nesse campo acreditam que não há uma fronteira clara separando crianças S.A. crianças "normais, porém diferentes”. A inclusão dessa,. como uma categoria separada, com critérios mais ou menos claros de diagnóstico pode levar a grande consistência de identificação no futuro. É importante saber olhar, analisar e só depois intervir diante de comportamentos e atitudes incomuns ou até mesmo que não se enquadram dentro dos padrões estabelecidos como sociais.

Para transformarmos a prática pedagógica é importante rever também a questão da formação do educador é necessário  ter bom senso ou sensibilidade, e a  formação deve ser  adequada para os professores, para que possam trabalhar da melhor forma possível com estes alunos, só assim garantiremos a igualdade de oportunidades para todos ao invés de conduzi-los para o insucesso na escola. As praticas pedagógicas devem ser revistas, inovadas, criando  estratégias para trabalharmos com as crianças portadoras de Síndrome de Asperger.

              Segundo Celso Vasconcelos o professor deve ter capacidade de gerir processos de mudanças para poder entender as complexas relações da escola com a comunidade e em especial com a sociedade.

                  Este artigo contará com dois capítulos, sendo que o primeiro será um breve histórico sobre a Síndrome de Asperger, Etiologia, e o segundo características clinicas,papel da escola e do professor, estratégia de intervenção em sala de aula.

  1. O QUE É SINDROME DE ASPERGER?

Em1920 Schucharewa,  um  neurologista da Rússia, pela primeira vez identifica pessoas que apresentam persistência em se afastarem das relações sociais. No ano de 1944, um pediatra austríaco, chamado de Hans Asperger, médico vienense,  foi o primeiro a descrever  a síndrome comportamental divulgando alguns casos de psicopatia autística infantil, mas seu trabalho só foi reconhecido, após sua morte, era publicado em alemão e ate a década de 1980 conhecida como o espectro de autismo.  No ano de 1981, L. Wing, uma psiquiatra norte americana definiu esta perturbação como Síndrome de Asperger para homenagear Hans Asperger. Porém, só foi reconhecida,  como critério de diagnóstico no DSM – IV ( Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais ), no ano de 1994.

Esta síndrome  parece demonstrar uma desordem neurobiológica, apenas tornando-se diferente do autismo clássico porque não apresenta nenhum atraso ou retardo global no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo ou na linguagem do indivíduo. É caracterizada por desvios e anormalidades em três amplos aspectos do desenvolvimento: interação social, uso da linguagem para a comunicação e certas características repetitivas ou perseverativas sobre um número limitado, porém intenso, de interesses, é mais comum no sexo masculino,  chegando aproximadamente a ser atingido quatro vezes mais do que o feminino.

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