Síndrome das Falsas Memórias
Por: Roberta Passoni Giacomin • 18/11/2021 • Trabalho acadêmico • 566 Palavras (3 Páginas) • 169 Visualizações
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SÍNDROME DAS FALSAS MEMÓRIAS - Acadêmica Roberta Passoni Giacomin
- Nada é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que ela tem armazenado em sua mente; A memória humana começou ser investigada no século XIX, e hoje se reconhece que a memória pode ser dividida em diversos tipos;
- A memória funciona a partir de três processos: Codificação, armazenamento e recuperação;
- Crianças mais novas tendem a ter memória mais maleável, ou seja, podem mudar as próprias recordações quando uma nova informação é sugerida por um adulto. POR EXEMPLO, uma criança que o tio a abraçou, conta para um adulto, e esse adulto sugere que o tio apertou/abusou dela, ela pode aderir isso como verdadeiro, sem ter acontecido!
- Memórias com grande carga emocional são mais facilmente recordadas, porém, não são precisas e estão sujeitas a falhas como esquecimento ou falsas memórias;
- A partir do acesso a esse “armazenamento”, se pode interpretar o que está a sua volta e então tomar decisões; Entretanto, mesmo recordando de eventos marcantes, pode haver algum tipo de interferência;
- Testemunhas podem ter recordações totalmente distorcidas, podendo por exemplo, lembrar de uma pessoa com o cabelo longo, sendo que ela tem o cabelo curto ou então esquecer informações importantes;
- As falsas memórias se referem à lembrança de eventos significativos ou triviais que não ocorreram, mas que são recordados como se tivessem sido vivenciados; São comuns e geralmente não tem grandes implicações clínicas ou jurídicas;
- No contexto da Psicologia de Freud, em 1900, conceituou sobre a existência de memórias encobridoras e recalcadas, introduzidos pela psicanálise, essas memórias dizem respeito ao mecanismo de defesa do psiquismo que expulsa da consciência os acontecimentos traumáticos para proteger o indivíduo da doença mental;
- Década de oitenta: Ansiedade -> Hipnose, relatos horríveis de abusos e rituais; Não era percebido o grau de sugestionabilidade e a capacidade delirante das pacientes;
- As falsas memórias são fruto do funcionamento NORMAL da memória humana, sendo assim, todos nós desenvolvemos esse tipo de memória ao longo da vida;
- As falsas memórias não constituem um ato proposital, ou seja, não é intencional;
- Uma das principais teorias que explica isso é a TDD, Teoria do Traço Difuso, que fala do armazenamento e a recuperação da memória, que acontecem através de dois traços, traço de essência e traço literal, de essência é mais robusta e menos suscetível a interferências, e os literais são detalhes superficiais e bem específicos de um evento ou estímulo;
- Até hoje não há um método eficaz para diferenciar uma memória verdadeira de uma falsa; Idosos e crianças são mais predispostos a desenvolver memórias falsas do que adolescentes e adultos;
- Os principais fatores que podem levar ao surgimento das falsas memórias são: Erro no monitoramento da fonte; Fatores endógenos e exógenos; Sugestionabilidade; Deferência; Conformidade de memórias;
- O direito lida com o julgamento de eventos que ocorreram no passado envolvendo, em maior ou menos grau, a memória dos indivíduos; As falsas memórias começaram a ter implicação para a psicologia jurídica a partir dos anos 70, através de estudos experimentais que mostraram que a forma como uma pergunta é conduzida pode alterar a recordação de um evento;
- As questões referentes a memória interessam em todos os segmentos da área jurídica, e dentre essas áreas, as falhas destacam-se, principalmente, nas declarações de testemunhas, interrogatórios de suspeitos e investigações de denúncias de abuso sexual infantil;
- Em situações como declaração de testemunhas, equívocos podem gerar graves prejuízos;
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